Depoimentos
Depoimentos
Bom Dia, meu nome é Filipe e tenho 26 anos, como grande maioria dos brasileiros, vim de uma família inteiramente cristã e só tinha ouvido falar do budismo pela primeira vez pela Gakkai, aos 19 anos, cheguei a frequentar algumas reuniões da Gakkai a época e achei o budismo de Nichiren Daishonin maravilhoso. Mas sentia que algo não estava certo, era um pressentimento como se algo estivesse faltando, em uma dessas reuniões na Gakkai foi abordado uma questão de um membro sobre o Dai-Gohonzon, foi a primeira vez que tinha ouvido falar do Dai-Gohonzon e descobri que ele estava sobre a proteção da Nichiren Shoshu e também a primeira vez que ouvi sobre a Nichiren Shoshu.
Sem perder tempo no mesmo dia comecei a pesquisar sobre a Nichiren Shoshu, e foi em uma comunidade do já extinto Orkut que entrei em contato com um membro da Hokkeko, a mesma me passou o endereço do templo Shoboji e me convidou a conhecer o templo. Naquela mesma semana em uma sexta-feira, vim até o templo e realizei o shodai e o Gongyo. Saindo do templo senti uma energia e uma alegria que nunca havia sentido antes, e não tive dúvidas de que se tratava de um ensino verdadeiro e nesse templo era o local da prática correta.
Converti-me ao budismo em 11 de Julho de 2010, na época estava desempregado e morava com minha mãe, havia dias em que não tínhamos dinheiro nem mesmo para comprar pão ou a mistura. Conseguia vir ao templo, pois tinha o Bilhete único com bastante saldo que havia sobrado do meu emprego anterior.
Lembro-me que eu havia tomado conta de uma floricultura de um conhecido em um sábado antes do Oko e tinha ganhado 20 reais naquele dia, como ainda não tinha feito meu primeiro Gokuyo desejei dedicar aquela quantia ao Gohonzon, minha mãe pediu que eu não realizasse esse gokuyo, pois estávamos sem açúcar, mistura, essas coisas básicas em casa. Pedi desculpas a minha mãe e disse que eu queria realizar esse oferecimento, consegui realizar meu oferecimento no Domingo de Oko. Meus pais são separados desde os meus 10 anos de idade, não tinha noticias de meu pai já algum tempo e mesmo meu pai tendo condições, nunca nos ajudou.
Na terça-feira seguinte eis que recebo uma visita inesperada de meu Pai, o mesmo não sabia de nossas condições, mas apareceu em casa com uma compra grande e havia deixado uma quantidade significativa de dinheiro comigo e minha mãe, nem eu ou minha entendemos o que estava acontecendo pois em 10 anos meu nunca havia se importado ou feito algo assim.
Após uma breve reflexão, não tive dúvidas do óbvio, foi um beneficio maravilhoso do Gohonzon, não contive as lagrimas e agradeci ao Gohonzon. Para alguns pode parecer algo simples, mas naquele momento, na minha situação foi um beneficio extraordinário que não me esqueço até hoje e guardo sempre o sentimento de gratidão em meu coração. Usei o dinheiro que ganhei para fazer e distribuir currículos para procurar um emprego, não demorou muito e recebi o telefonema de uma grande seguradora renomada no mercado para uma entrevista, no dia da entrevista fiquei nervoso, pois meus concorrentes eram profissionais que além de ter terem faculdade, tinham uma experiência muito boa e eu apenas com um curso técnico. Após a entrevista fui direto ao templo e pedi ao Joju Gohonzon que me concedesse oportunidade de trabalhar naquela empresa e que de fato eu me desenvolvesse na empresa.
Recebi um retorno da empresa dizendo que eu havia passado na primeira etapa e que teriam outras três etapas, consegui passar por todas e fui aprovado. Fui ao templo agradecer ao Gohonzon. Na época falava se sobre o Tozan comemorativo de 2014(peregrinação no templo principal do Japão), não sabia direito o significado, mas como uma forma de agradecimento eu jurei e determinei que realizaria essa peregrinação em 2014.
Na época, eu aluguei um quarto no bairro da Vila Mariana (Bem próximo ao Templo, cerca de 5 minutos a pé) para ficar mais próximo ao templo e ao mesmo tempo ao serviço, pude realizar o Gongyo da manhã todos os dias com os reverendos no tempo em que estive morando na região. E também comecei a fazer parte do grupo de suporte ao Templo, o Keibi, o qual faço parte até hoje.
Participar do Keibi, proteger o Templo e o Gohonzon, sem sombra de dúvidas é muito valioso, aprendi e continuo aprendendo muito realizando Keibi e pude estreitar ainda mais meus laços com o Gohonzon.
Pois bem como a maioria sabe, as inscrições para Tozan geralmente abrem alguns meses antes do mês do Tozan, mas pelo fato do Tozan de Abril de 2015 ser um Tozan comemorativo, o mesmo abriu um ano antes e com um número limitado de vagas, aproximadamente 34. Como fui pego de surpresa não tinha o dinheiro naquele momento. Fui ao templo e com pesar e lagrimas pedi desculpa ao Gohonzon pois não iria conseguir realizar o Tozan que jurei a ele.
Naquela mesma semana, minha chefe me chamou e estava com um sorriso enorme no rosto e tinha o que ela dizia ser a melhor noticia do ano para me dar: Ela me contou que o Governo estava cobrando uma quantia errada de impostos da empresa e que a mesma entrou com uma ação judicial, e como ela estava certa ganhou a causa, e como forma de gratidão aos funcionários ela iria redistribuir uma parte ganha aos funcionários, o valor que me foi repassado era mais do que suficiente para eu pagar meu Tozan, recebi o valor no dia seguinte e pude garantir meu Tozan! Com lágrimas nos olhos agradeci novamente o Gohonzon, foi algo místico!
Pude realizar o Tozan ano passado e esse foi sem dúvidas o maior beneficio que já tive, realizar a cerimonia de Gokaihi (Encontro com o Dai Gohonzon) foi o momento mais emocionante, estar diante do Dai Gohonzon e poder agradecer por toda a proteção, por toda boa sorte. Lembrei dos Goshos que dizem que nós mortais comuns não temos o bem, ou seja passamos incontáveis existências um número incalculável de vidas sem ao menos ouvir o nome dos três tesouros, e estar ali diante do Buda Original da era do fim do Darma foi um sentimento muito forte que não consigo traduzir em palavras, enquanto estava diante do Dai Gohonzon, vi um flashback de tudo que eu vivi até o momento, e com lágrimas nos olhos agrade imensamente ele permitir eu estar ali.
Realizar o Ushitora Gongyo, com o Daimoku vigoroso do Reverendíssimo Soberano da Lei foi o Gongyo mais forte e revigorante que já realizei. O som do vigoroso daimoku do reverendíssimo soberano da lei ainda está na minha cabeça e me arrepiou toda vez que realizo o daimoku e lembro-me do seu daimoku.
Realizamos visitas a templos, conhecemos o local onde Nichiren recitou daimoku pela primeira vez, seu local de nascimento. A energia e alegria com que a Hokkeko do Japão nos recebeu nos templos em que visitamos, o carinho, jamais tinha visto algo assim, foi algo que marcou bastante.
Sempre tive dúvidas do como seria o Kossen Rufu, e estar no templo principal, na cerimonia especial dos 750 anos do nascimento de Nikko Shonin, vendo pessoas de inúmeros países realizando as apresentações musicais com base na cultura de seus respectivos países voltados todos ao Dai Gohonzon, ao Kossen Rufu, me fez ter uma leve percepção do que seria o Kossen Rufu, imaginar toda aquela grandeza em escala mundial me trouxe esperança e me fez renovar a decisão de participar dessa luta, a luta por um mundo justo, um mundo onde as pessoas são felizes.
Voltei ao Brasil, com esperança de poder criar um Brasil, um mundo melhor com base nesse maravilhoso ensino e consegui realizar a conversão da minha Mãe em Agosto do ano passado, ela vem se esforçando bastante para seu aprendizado no budismo e juramos realizar um Tozan juntos, não vejo a hora de realizarmos o tozan e estarmos diante do Dai Gohonzon! Que venham muitos outros Tozan’s!
Agradeço a toda Hokkeko, os reverendos, pois durante esses cinco anos houve muitos momentos difíceis e de aprendizados em que a Hokkeko me apoiou em minha prática, sem dúvidas a Hokkeko, os reverendos são um tesouro inestimável para nossa prática.7
Muito obrigado pela atenção de todos
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Em 29 de janeiro de 2012
Chamo-me Moriyuki Miguita, um adepto deste Templo Shoboji que é incentivado pelo seu Reverendo Prior Shinyo Abiko e por um grande número de companheiros veteranos.
Apresento meus sinceros votos de felicitações pela realização desta Reunião Geral. Meus parabéns!!!
É uma grande satisfação poder apresentar o relato de experiência sobre a minha Peregrinação ao Templo Principal nesta ocasião comemorativa. Sinto-me encorajado ao pensar que isso possa servir para o futuro das crianças.
Converti-me à Nitiren Shoshu, na época em que a Soka Gakkai ainda não tinha a estrutura organizacional que foi em 1947, dois anos depois que a minha falecida esposa consagrou o Gohonzon em nosso lar. Nessa ocasião, realizei o Tozan por três vezes, uma das quais foi com a minha esposa.
Mas, desde que me tornei num adepto da Hokkekô em 1997, a minha primeira peregrinação ao Templo Principal se concretizou em agosto de 2009 quando eu tinha 92 anos.
O meu filho e sua família com quem moro atualmente, não praticam, mas sempre tenho recebido apoio deles em relação à minha prática da Fé. Mesmo nessa minha primeira peregrinação, eles me deram total suporte.
No primeiro dia no Templo Principal Taissekiji, realizamos a visita em toda área do templo, conduzida pelo Reverendo Abiko. Primeiramente, fiz o pedido de tôba para três pessoas: Sr. Seiji Yamato, o primeiro Diretor-Kôto da Hokkekô do Brasil, a Sra. Hiroko Suzuki e a minha esposa, Jyômyô-In. No dia 8 último, foi celebrado sem incidente neste templo a missa de 27 anos do seu falecimento.
Para não causar incômodo por causa da minha queda durante o Tozan, procurei manter sempre a postura de seguir o grupo.
Atraídos ao pilar escrito “Em comemoração aos 750 Anos da Apresentação de Rissho Ankoku Ron”, todos se reuniram à sua frente para tirar uma foto comemorativa.
Em pleno verão de agosto, incrivelmente fazia um clima agradável de primavera. Passando em frente do Hoandô, reverenciei pela primeira vez com a expectativa de participar da solene Cerimônia de Gokaihi. A caminho de volta ao alojamento, fiquei admirado ao ver os reverendos tirando as ervas daninhas.
Cada um se acomodou em seu respectivo quarto do alojamento. Nessa noite, um problema me ocorreu – o sumiço do meu omamori-Gohonzon! Depois de eu ter tomado o banho, ele não estava no local onde havia deixado. Com o sentimento de estar no Estado de Inferno, comuniquei a respeito na recepção.
Retornando ao quarto, informei a respeito ao Sr. Morita. “Acalme-se!”, disse ele, inclusive incentivou-me a recitar o Daimoku. Sr. Morita apontou a minha mochila e falou-me para verificar cuidadosamente os bolsos laterais. Verifiquei desde os grandes até os memores, quando coloquei a mão no último menor bolso, senti meus dedos tocarem no omamori-Gohonzon! Imaginem a minha alegria! Sr. Morita, muito obrigado!!! Como uma forma de prevenção de um idoso, eu não o tinha levado ao local do banho.
Dessa forma, no dia seguinte, com o sentimento sereno, pude realizar o encontro tão esperado com o Dai-Gohonzon, ocasião em que gravei profundamente no meu coração o desejo do Buda Original Nitiren Daishonin que é a “salvação de todos os seres”. Além disso, acatei-o também como se fosse a minha própria missão. Orei pela felicidade dos meus três filhos, da minha filha e de seus familiares que ainda não são praticantes, fazendo o juramento de que irei concretizar, sem falta, a harmonia familiar com base na prática da Fé.
Com o sentimento de saudade do magnífico Hôandô, segui a viagem para Niigata. No meio do caminho, paramos num posto de serviço no Cabo Yoneyama na cidade de Kashiwazaki, onde tinha observatório. Daí, era possível avistar uma ilha apesar de ser embassada. “Aquela é a Ilha de Sado!”, disse o reverendo. Ao ouvi-las, senti meu corpo tremer, como se eu tivesse tocado na energia elétrica. Que ilha mística!
“Por essa razão, o Abutsu-Bô é como se fosse a Torre de Tesouro e a Torre de Tesouro é como se fosse o Abutsu-Bô. Tornam-se inúteis as outras interpretações a não ser essa.” (Gosho pag. 792) Tal como essa frase dourada, senti a emoção de eu estar em Sado, isto é, a mística relação causal de eu ir a essa Ilha.
Fomos recepcionados pelo Reverendo Prior do Templo Myogoji e de sua família onde realizamos o Gongyo da manhã. Novamente, senti a emoção na visita às ruínas da Cabana de Tsukahara, local onde permaneceu Nitiren Daishonin durante seu exílio à Ilha de Sado.
Com o suporte de um grande número de companheiros, pude realizar o maravilhoso Tozan de forma proveitosa.
Tenho agora 95 anos. Venho orando pela harmonia familiar com base na prática da Fé, contudo não consigo concretizá-la. No entanto, consegui que as minhas duas netas e a bisneta participarem na Cerimônia de Oeshiki do ano passado. Além disso, tendo em mente a realização de Shakubuku, tenho mantido contato há anos por correspondência com um amigo do Grupo de Poemas que reside no Japão. Portanto, irei me esforçar para que o Shakubuku seja concretizado neste ano.
Exatamente a relação mística de encontrar com este Budismo fez me conscientizar de ter uma prática da Fé para que eu possa também ter a morte com aspecto sereno tal como do Sr. Kamata e do Sr. Saito. Visando atingir a própria Iluminação, eu gostaria de me dedicar na prática para si e para outros (Jigyo Keta) para concretizar o “aumento em 50% dos adeptos da Hokkekô até 2015 que é a missão a nós incumbida pelo Reverendissimo Soberano da Lei Nitinyo Shonin e ainda formar o núcleo de São Miguel, local onde moro. Agradeço sinceramente pela atenção a mim dispensada.
Muitíssimo obrigado!!!
RELATO DE TOZAN
Bom dia!
Meu nome é Neusa Matsuzaki e pertenço ao Nucleo de Campinas. Conheci o Budismo de Nitiren Daishonin quando tinha 11 anos de idade em 1969, com a conversão dos meus pais.
Com frequência, ouvimos orientações de que sempre devemos nos lembrar de como era nossa vida antes de encontrarmos o Gohonzon Sama e recitarmos o NAM-MYOHO-RENGUE-KYO.
Quando meus pais iniciaram a pratica na Nichiren Shoshu, a situação financeira era bem precária, morávamos em uma casa de apenas três cômodos em Itaquera. Morava além dos meus pais, eu e mais dois irmãos. Meu pai era alfaiate e minha mãe costureira. A precariedade era tanta, que tomávamos banho na bacia, e lembro que na época meu sonho era ter um chuveiro em casa.
Quando completei 18 anos de idade em 1976, fiz um objetivo de conseguir um emprego melhor e após 10 horas de Adiou que fiz em uma semana, consegui um emprego numa empresa de Energia elétrica. Esse emprego triplicava o meu salario do emprego anterior e aumentando mais depois dos três meses de experiência. Este emprego mudou minha vida e da minha família. Depois de dois anos, minha irmã foi trabalhar comigo.
Esta empresa mudou para Campinas, e tive que também fazer a mudança. Depois que mudamos com a família toda para Campinas em 1984, eu não participava das atividades, pois não concordava com as atitudes do pessoal da Gakkai. Meus pais também participavam em poucas atividades, vindo a se afastar posteriormente e fazendo somente a oração em casa.
Meu pai faleceu em 199l, meu irmão caçula em 1992 e minha mãe em 1995. Embora afastados da pratica, tivemos a boa sorte de ter sempre a presença de Reverendos da Hokkekô em seus funerais.
Casei em janeiro de1991apenas no Registro Civil e tenho duas filhas.
Não tive o espírito de procura e voltei raras vezes ao Templo. A distância de Campinas para São Paulo também contribuía para esse afastamento.
Em 2000, eu já estava próxima de receber a aposentadoria da previdência privada da empresa e com um incentivo de desligamento voluntário que foi muito bom, parei de trabalhar. Porem faltava cinco anos para eu me aposentar pelo INSS.
Nessa época meu marido tinha firma de publicidade em São Paulo, os ganhos eram imprevisíveis e ele mais ficava mais em São Paulo do que em Campinas.
Em casa, além de nossas duas filhas, tínhamos dois sobrinhos para cuidar, que eram do meu falecido irmão. Portanto vivíamos com um orçamento bem controlado, pois eu não queria gastar toda a indenização.
Em 2001, eu estava muito angustiada, sem apoio espiritual e até pensei em participar em outra religião de um colega. Mas, para a minha felicidade, uma Sra. chamada Vera, que foi shakubuku de minha mãe, veio me trazer uns impressos – Informe Hokkekô, e na segunda vez convidou-me para uma reunião do Nucleo de Campinas.
Quando voltávamos dessa reunião estávamos muito felizes, sentindo uma alegria que há muito não sentíamos. A Sra. Vera voltou em nosso carro e contou seu relato de que teve um grande benefício exatamente três anos após ela ingressar na Hokkekô.
Eu fiquei com aquilo no pensamento, mas após duas semanas, sofri uma colisão em meu carro. A princípio fiquei com medo, pensei que era algum tipo de castigo, mas lembrei de uma frase sobre os obstáculos que surgem para impedir a prática do Budismo e fiquei grata por não ter me machucado. Posteriormente, a pessoa que causou a colisão pagou o conserto de meu carro.
Não posso deixar de falar que sou muito grata à Sra. Vera, já falecida. Oro por ela todos os dias e atualmente vou à casa da Regina, filha dela, uma vez por semana, para fazermos shodai.
Uma vez, o Sr. Elio Kamata citou a frase de orientação do Reverendíssimo Soberano da Lei Nikken Shonin, que diz o seguinte: ¨ As pessoas que acreditam no Gohonzon e praticam esta fé, nunca deixarão de sentir a proteção do Poder do Buda e do Poder da Lei do Buda visto que experimentam os benefícios que são os mais apropriados às suas circunstâncias individuais, no momento certo e de maneira completa, tornando-se consequentemente maravilhoso […]”.
Em 2003 surgiu a oportunidade de comprarmos uma empresa de locação de brinquedos, com poucos equipamentos e de faturamento modesto, mas que seria um complemento para nosso orçamento e seria para eu cuidar, mas logo na terceira semana, meu marido se mostrou um ótimo negociante e passou a ficar mais em Campinas. Ele começou a investir em mais equipamentos e começou a ficar difícil para armazená-los em nossa casa. Três anos após, compramos uma casa perfeita para nosso negócio e que fica a quatro casas de nossa residência, onde guardamos todos os equipamentos e brinquedos.
Pouco tempo depois, conseguimos comprar a parte da herança dos meus irmãos na casa em que moramos. Como cuidava de meus pais, não tive opção, nela eu fiquei e fui levando avante sozinha a construçãode uma casa maior na parte da frente. Essa aquisição nos trouxe um alivio muito grande, pois poderia finalmente terminá-la com a sensação de que é nossa propriedade.
Nesses 10 anos de empresa, já realizamos aproximadamente 5000 eventos. Passamos poucos sustos, mas nada grave e sempre com muita proteção e boa sorte. Realmente a nossa situação financeira e consequentemente a qualidade de vida melhorou muito. Inclusive essa indenização que eu não queria gastar toda, usamos parte dela para quitarmos um apartamento novo que nos foi entregue no início deste ano.
Antes de iniciar o relato do Tozan, gostaria de falar sobre uma dor que eu tinha nas costas na região lombar que já tinha há muito tempo e era crônica. Ela incomodava bastante e era constante. Toda vez que eu me levantava, dava uns soquinhos para aliviar a dor. Um dia deu uma travada tão forte que eu não podia ficar em pé. Eu mal conseguia ficar sentada, tinha que me segurar com uma das mãos na cadeira para agüentar a dor e me equilibrar. Fazia shodai e sessões de acupuntura e após esse tratamento não senti mais a dor. Isso foi em 2008.
Mesmo depois de um ano sem a dor, eu fiquei com muito medo dela voltar no meu primeiro Tozan que foi em 2009, pois tinha que ficar muito tempo sentado no tatami. Nesse Tozan comemorativo, participei junto com a minha filha caçula que tinha 13 anos.
Agora vou falar sobre minha segunda peregrinação ao Templo Principal no Japão, que fiz em abril desse ano, no mês passado. Nessa peregrinação foi junto a minha filha Paula de 19 anos
Desta vez também foi maravilhoso. Quando cheguei no Templo Principal Taissekiji, pude sentir uma energia vindo de todos os lados, a felicidade tomou conta do meu coração, tudo é lindo, a euforia de participar das cerimônias, a vontade de conhecer e apreciar tudo.
O Hoandô com o Monte Fuji ao fundo é tão perfeito que até parece irreal. Estar lá dentro então parece um sonho, milhares de adeptos e aquele silêncio tão profundo, aguardando o início da cerimônia.
A entrada de muitos, mas muitos Reverendos, de uma forma tão organizada, acompanhando o Reverendíssimo Soberano da Lei, a abertura dos painéis gigantes, o ritual para se abrir o oratorio onde está consagrado o Daí Gohonzon. É muito místico estar lá, é algo muito profundo em nossas vidas poder estar diante do Dai Gohonzon Sama.
A alegria de orar junto com o Reverendíssimo Soberano da Lei Nichinyo Shonin é inexplicável. A voz dele ficou encravada em minha memória. Só de lembrar, fico emocionada.
Tivemos a boa sorte de participarmos da cerimônia de Aeração, onde foram expostos Gohonzons originais inscritos por Nitiren Daishonin, Nikko Shonin, Nitimoku Shonin e seus sucessores.
Um fato muito engraçado é que nos momentos sem atividades saíamos correndo literalmente, para tirarmos fotos e conhecer os locais. Divertíamos-nos muito tentando captar as imagens da perfeição dos templos, jardins, enfim tudo.
Nestes dois Tozans que participei, conheci pessoas muito agradáveis e sinto muita alegria quando as revejo. Com certeza a participação nas atividades no Templo e a pratica diária, contribuiu para o sucesso da empresa e melhora em nossas vidas.
A viagem foi perfeita, gostaria de agradecer ao Reverendo Prior Abiko por sua paciência e boa vontade em nos levar aos outros locais para conhecermos um pouco daquele país tão bonito.
Sras. para finalizar gostaria de incentivá-las a participarem no Tozan e repetir uma frase que um Reverendo no Japão disse: ¨ Se você está triste, se você está com problemas, recite o Nam-Myoho-Rengue-Kyo¨.
Obrigada.
Relato de experiência
YUKARI YAJIMA – Adepta do Templo Hodoin de Tokyo
Meus pais, minha irmã e eu nos convertemos à Nichiren Shoshu há 29 anos, todos quase na mesma época. Fui eu quem começou a praticar a fé. Gostaria de lhes contar sobre o motivo da minha conversão e também sobre algumas das experiências mais marcantes que vivi como médica – profissão que exerço há 23 anos. E, por último, gostaria de lhes relatar sobre a minha própria doença.
Eu conheci essa prática da fé há 29 anos, quando estava eufórica com a minha aprovação no vestibular para a escola de medicina. Entretanto, presenciei meus amigos com capacidade e dedicação semelhantes às minhas desistirem da carreira por questões econômicas ou por oposição da família. Assim, apesar de estar feliz, estava ciente de que esse resultado não havia sido alcançado somente com o meu esforço, que tinha também a questão da sorte. Estava com isso, insegura, pensando no que viria a acontecer quando essa sorte chegasse ao fim.
Na realidade, desde a época do ginásio, eu estava à procura de algo “absoluto”. Li livros escritos por crentes do cristianismo, a bíblia e cheguei a participar de reuniões. Porém, eram todos muito distantes desse algo “absoluto” que eu buscava.
Quem me ensinou essa prática da fé foi a minha amiga da época do primário, chamada Atsumi Honda. Na primeira vez em que ouvi sobre essa prática da fé, a minha amiga me levou até Hodoin onde recebi diversas explicações. Nessa ocasião, quatro aspectos me chamaram a atenção.
O primeiro, o fato da vestimenta dos Reverendos ser bastante simples. O segundo, que não havia a caixinha de donativos. A postura de não receber dinheiro sem critérios. O terceiro, o fato de realizar a oferenda memorial aos antepassados, duas vezes ao dia, no gongyo da manhã e da noite. Quarto, o fato da contribuição para oferecimento de Toba ser baixa. A preleção sobre o Budismo era difícil de compreender devido a sua complexidade, mas pensei que, talvez, conforme a minha amiga disse, poderia ser a única religião correta. Pensei: “Talvez seja esse, algo absoluto que buscava”.
As suas palavras firmes: “Como eu poderia sugerir algo que lhe faça mal?”, tocaram o meu coração.
Pareciam me fazer despertar. No gongyo da noite desse dia, recebi a minha conversão. A partir da manhã do dia seguinte, comecei a realizar o gongyo da manhã.
Relatei sobre a minha conversão para a minha irmã mais velha. A minha amiga, Sra. Honda, conversou também com a minha irmã e ela se converteu imediatamente.
Porém, os nossos pais ficaram muito preocupados. Duas filhas haviam se convertido, uma após outra, para uma religião desconhecida, e passaram a recitar o Sutra de Lótus, ignorando o oratório da religião Zen, que tradicionalmente era seguida pela família. Parece que pensaram que nós havíamos sido iludidas e convertidas para Soka Gakkai ou alguma outra religião nova.
Os meus pais então telefonaram para a família Honda. Foram solicitados então, para que fossem até Hodoin, onde além da família Honda, os responsáveis à época nos aguardavam.
O meu pai havia preparado dez questões. Uma delas era: “Se compararmos a felicidade ao cume de uma montanha, todas as religiões, apesar de seguirem por caminhos diferentes, no final não irão todos, chegar ao topo?”. Um dos responsáveis então, respondeu pronta e claramente que somente a Nichiren Shoshu poderia alcançar o cume da montanha. O meu pai é um tanto teórico, mas ele aceitou as respostas para as suas questões e decidiu se converter na hora. A minha mãe resolveu que “Apesar de não compreender bem, se meu esposo vai praticar, eu também irei”. Assim, à noite desse mesmo dia os meus pais decidiram se converter e receberam a concessão de Gohonzon.
Também nesse dia, pudemos então, ter a cerimônia de consagração na nossa casa e iniciamos a prática da fé com todos os quatro membros da família.
Prosseguindo, gostaria de relatar sobre três histórias que vivi como médica e à luz do Budismo.
A primeira se refere ao paciente à época em que trabalhava no hospital universitário.
Era um senhor, que sofria com uma doença difícil, que periodicamente provocava uma febre altíssima, fazendo-o verter secreções da pele e que causava dores nas junções de todo o corpo. Por conta das repetidas internações e altas, não conseguia mais trabalhar e até a esposa e filhos o tinham abandonado.
Por causa das reações adversas aos remédios para controlar a dor, teve o seu fígado e rim comprometidos. Sem alternativas, havia se lançado na hemodiálise como que agarrasse a uma tábua de salvação.
Entretanto, esse tratamento provocou uma infecção. Todos os tratamentos estavam tendo resultados negativos. Pensei ser esse, o caso em que a boa sorte havia chegado ao fim.
Um dia, no meu plantão, encontrei esse paciente na área de fumantes. Aproximei e falei sobre esse Budismo com toda a sinceridade. Eu queria muito salvá-lo. Convidei-o a visitar o Templo. Esse paciente estava com lágrimas nos olhos também, mas não respondeu que “iria”. Perguntando-lhe a razão, ele disse que o seu pai era dirigente da religião Tenrikyo e, como tinha passado por diversas situações um tanto complexas, havia adquirido certo temor com relação a todas as religiões. Ele também estava recebendo suporte financeiro do pai. É uma lembrança extremamente dura para mim. Uma religião errônea é realmente temível.
A segunda experiência é com um paciente da época em que eu trabalhava em um hospital público, em 1998.
Fui informada pelo Pronto Socorro, que havia chegado um paciente com infecção na perna direita. Na mesa do consultório estava a ficha do paciente. Olhando para a cópia do seguro saúde que estava anexo, constatei que era da Soka Gakkai.
O paciente, de meia-idade, estava sentado na cadeira de rodas, sem forças e com péssima fisionomia, empurrado pela sua esposa que estampava insegurança em seu rosto. A perna direita do paciente estava totalmente enrolada em toalhas. Perguntada sobre o motivo disso, a esposa contou que apesar de já ter sido tratado em 3 ou 4 hospitais, inclusive em um que se localiza em Shinano-machi (onde se encontra a sede da Soka Gakkai), e tomado os medicamentos, os sintomas só havia piorado, a ponto de impedi-lo a andar. Como o líquido linfático e sangue começaram a sair em grande quantidade pela pele, e gases e ataduras já não eram suficientes, ela havia enrolado a perna com toalhas.
Retirando as toalhas, ataduras e gases, um mau odor se espalhou pelo local e havia a perna que não parecia ser de um ser humano, inchado abaixo do joelho como a de um elefante, com uma coloração entre o verde e a cinza.
Os micro-organismos pareciam ter se espalhado não somente na pele, mas também nos músculos e ossos, atingindo todo o corpo. Até então, diagnósticos e tratamentos inadequados haviam sido ministrados. Era evidente que, se não amputasse imediatamente a perna, seria uma ameaça para a vida do paciente.
O quadro clínico do paciente piorou repentinamente e, quando o cirurgião ortopedista pediu autorização para amputar a perna, a esposa teve um colapso nervoso que a fez chorar e gritar: “Por favor, não corte a perna do meu marido!”. O paciente também acabou perdendo a consciência. Como médica, não poderia deixar de tomar alguma providência. Assim, fiz incisões na pele e nos músculos para retirar a secreção e o sangue, mas ele veio a falecer. Fiquei frente a frente com a temibilidade da religião errônea.
A terceira experiência foi o falecimento do meu avô, do lado materno, há 20 anos. O meu avô não praticava a fé da Nichiren Shoshu. Nos últimos anos de sua vida, sofria de Alzheimer. A minha mãe colocava o juzu e a liturgia e o ensinava a recitar o Nam-Myoho-Rengue-Kyo.
Recebi a notícia do seu falecimento durante o expediente e corri para o necrotério. A família Honda também foi ao nosso encontro. O meu avô que estava deitado no necrotério, era como qualquer outro corpo que eu frequentemente vejo. O corpo estava começando a se enrijecer, com a pele contraída, olhos e boca serrados e lábios arroxeados. A família Honda nos orientou: “Antes de mais nada, o daimoku”. Seguindo esse aconselhamento, recitamos dedicadamente o Nam-Myoho-Rengue-Kyo.
Surpreendentemente, percebi que o aspecto do corpo de meu avô estava sofrendo alterações. Os olhos e a boca que estavam cerrados se suavizaram, manifestando sorriso no seu semblante e um fio de lágrimas correu dos seus olhos. Os lábios ficaram levemente avermelhados e as bochechas, rosadas. Percebi que o meu avô estava contente. Ficamos tão felizes e tão felizes que continuamos recitando decididamente o daimoku. Algo impensável à luz da medicina aconteceu na minha frente. Senti a grandiosidade do poder do daimoku com os olhos e o coração.
A pele e os lábios de um ser humano parecem rosados ou avermelhados porque o pulmão envia o oxigênio obtido pela respiração para o sangue, limpando-o, ou seja, tornando-o vermelho e, com o coração o bombeando, fazendo-o circular em todo o corpo, as veias ficam cheias, permitindo que vejamos o sangue vermelho através da pele. Isso é um conceito básico da medicina que consta até dos livros da escola primária.
Assim, quando ocorre da pele e lábios de um ser humano com o funcionamento do coração e pulmão paralisado, voltar a ficar vermelho, é algo surpreendente para uma pessoa que possui um pouco de conhecimento médico.
Depois desse dia, a minha mãe passou a realizar duas horas de recitação do daimoku por dia. O meu avô ensinou, através do seu falecimento, a força do daimoku para a minha mãe. É realmente, muito gratificante.
Por último, gostaria de lhes relatar sobre a minha doença. Tive problemas de audição em duas ocasiões, há 19 anos e cerca de 10 anos. Na segunda vez, fui diagnosticada que havia a possibilidade de ter algum problema no cérebro. Ao realizar o exame, foram encontradas pequenas e incontáveis isquemias cerebrais.
Mesmo na medicina moderna, ainda há muitos mistérios quanto ao cérebro, para serem desvendados. Sem saber se haveria e qual seria a relação entre as isquemias cerebrais e o problema de audição, fiquei em observação, tendo alcançado uma melhora na audição com os tratamentos. Posteriormente, como estava muito ocupada com os cuidados com os filhos e a casa, acabei não realizando novos exames. Entretanto, considerando que não poderia arriscar, realizei novos exames na primavera do ano passado. Haviam restado apenas algumas isquemias cerebrais. As demais haviam desaparecido completamente. As células do cérebro, uma vez que se degeneram, nunca mais são recuperadas. Senti, de forma muito profunda, a força do Gohonzon.
A minha experiência seguinte, é a doença de ordem psicológica. Há quatro anos, tive o problema de DEPRESSÃO. Trabalhava metade do dia e, na outra metade, permanecia deitada. Entretanto, graças ao Gohonzon, durante o expediente, foi possível focar no trabalho e dedicar aos meus pacientes, sem perder o sentimento de benevolência. O médico psiquiátrico me disse: “Em sua condição, o fato de poder se dedicar pelas pessoas e continuar no trabalho é um milagre”.
Passei a recitar o daimoku uma, duas, três horas por dia para curar a doença, entretanto, não tive melhoras.
Depois de certo tempo, comecei a ser perseguida por alucinações tanto de ordem auditiva como de visão, que trouxeram transtornos até para o dia-a-dia, impedindo-me a trabalhar. Porém, mantive a minha prática da fé, sem me afastar do Gohonzon.
Eu acompanhei a trajetória da família Honda, de superarem doenças complexas como câncer e septicemia. Essas doenças graves são resultantes de causas negativas acumuladas desde as existências passadas. Eu estava certa de que o Gohonzon iria eliminá-las.
Eu enxergava e ouvia coisas que não existiam. Transtornada com isso, passei a perambular e a ficar agitada. Eram sintomas da esquizofrenia. Devido à gravidade dos sintomas, minha mãe e minha irmã procuraram o Revendo Prior do Hodoin à época, o atual Reverendíssimo Soberano da Lei Nichinyo Shonin, para solicitar orientações.
O Reverendíssimo Soberano da Lei Nichinyo Shonin incentivou-as, dizendo: “Sem dúvida, ela será curada. Peço aos familiares para que recitem o daimoku”. Os meus familiares recitaram muitos e muitos daimoku, com esse único propósito. A minha mãe recitou para mim, sete horas por dia de daimoku, durante a semana. Eu estava sofrendo tanto e, com o único desejo de me curar, dormia e acordava do lado do Gohonzon para realizar o gongyo e recitar o daimoku. As palavras do Reverendíssimo Soberano da Lei de que: “Sem dúvida, será curada”, serviram de apoio para o meu coração.
Passados três meses, todos os sintomas haviam desaparecido. Uma doença que requer internação foi curada em um curto período do tempo. Experimentei a força extraordinária da recitação do daimoku. Depois de um período de sete meses de descanso, reintegrei-me totalmente ao trabalho. E, no ano passado, sucedi à administração do consultório que meu pai havia mantido por 50 anos, tornando-se presidente da instituição.
Fico pensando no que poderia ter sido de mim, se não praticasse a fé. Sinto profundamente como sou feliz por tê-la encontrado.
Temos a frase de ouro de Nichiren Daishonin:
Mesmo que ocorra de se apontar a terra e falhar, que haja alguém que una o firmamento, que a maré não tenha fluxo nem refluxo, que o sol se levante a oeste, nunca haverá de não se realizar a oração do Devoto do Sutra de Lótus. Sobre a Oração, pág. 630.
Ou seja, que nunca ocorrerá de a oração do praticante do Sutra de Lótus deixar de ser realizada.
Gostaria de dizer para as pessoas que vieram para Hodoin hoje, pela primeira vez, ou que ainda não conseguiram decidir praticar a fé, que só poderá compreender quão extraordinário é esse daimoku, se o recitarem. Por mais inteligente que a pessoa seja, ou mesmo um estudioso do Budismo, não conseguirá saber sem o recitar. Se recitar o daimoku acreditando no Gohonzon como eu, mesmo que não compreenda o Budismo ou não seja sábio, poderão experimentar os benefícios do Gohonzon. Por favor, acredite na pessoa que lhes ensinou a prática da fé da Nichiren Shoshu e experimentem recitar o daimoku.
FONTE: KAISEN Nº 194 – PÁG. 58/59/60/61/62
Relato de experiência
Meu nome é Ruth Ordanini, tenho 76 anos e 36 anos de pratica.
Recebi o Gohonzon sama em 26/03/1976. Conheci o Budismo através de um praticante que morava no andar de baixo e que recitava o Nam-Myoho-Rengue-Kyo e os meus filhos que eram pequenos ainda, achavam engraçado a oração que faziam. Fomos ao encontro deles para saber o que era essa oração. A Dona Cida explicou e fomos participando das reuniões e tornamos Budistas.
A minha filha Ruth queria receber o Gohonzon sama, mas em virtude da idade de 12 anos, ela não podia e recebi o Gohonzon sama para que ela pudesse praticar e assim até hoje o Gohonzon esta consagrado na minha casa. Hoje ela não pratica mais, mas é através dela que tenho o Gohonzon hoje.
Durante todo esse tempo de pratica, são muitos os benefícios que recebi. No inicio da pratica com quatro meses, o meu neto que tinha um mês e meio estava com forte diarréia e vomito. A minha filha Regina levou ao hospital 10 horas da manha e fiquei recitando o daimoku em casa durante todo o tempo até a chegada da filha que estava demorando muito. Quase meia noite chegou do hospital e estava chorando muito. Nessa hora estava fazendo o daimoku e ela queria contar o que aconteceu, mas interrompi dizendo: filha VAMOS fazer daimoku e depois você me conta. Ela disse que o medico e a junta médica examinou o Raio-X e falou para ela, que a criança tinha problema no coração e que se agüentasse até 3 anos teria que fazer uma cirurgia que era muito arriscado.
No dia seguinte de manha, bem cedo… foram ao hospital novamente com o meu neto e procuraram outro médico plantonista. Ele disse o que aconteceu ontem não queria saber e pediu outro RAIO X, e viu que o problema era um catarro no pulmão que pressionava o coração, e que não se preocupasse, que não era grave e que o menino ia viver muito. Receitou somente antibióticos. Hoje ele tem 34 anos e tem um filho e uma filha. Embora seja iniciante na pratica, percebi a força do Gohonzon sama. Eu tenho muita fé no Gohonzon sama.
Como disse no inicio tenho recebido vários benefícios, mas gostaria de falar sobre um acontecimento mais recente.
Fui ao médico geriatra no mês de agosto do ano passado, e ele pediu vários exames de rotina, exame de sangue, de urina, de fezes. Quando levei o resultado dos exames ele disse que tinha vestígios de sangue nas fezes e a senhora vai ter que fazer um exame de colonos copia. No dia do exame retiraram um material para fazer a biopsia. No dia que saiu o resultado e o medico viu e falou particularmente com a minha filha Ruth no consultório e eu estava aguardando preocupada. Na ocasião que ela saiu da sala, perguntei a ela, o que o médico disse. Ela disse que era uma coisa rotineira. No dia seguinte que era um sábado fiquei surpresa quando a minha filha Regina que mora em Colina . interior de São Paulo, apareceu em casa perto de meia noite e ai fiquei mais assustada, mas ela pediu para descansar e não se preocupar.
Na manha seguinte no domingo, vieram todos os seis filhos para conversar comigo. Eles estavam todos muito preocupados e assustados também. Contaram que o resultado do exame de colonos copia e da biopsia constatou que era um câncer. Os filhos tinham medo de contar o resultado e saber da minha reação. Mas recebi tranquilamente a comunicação do resultado, pois sempre tive a certeza que não há oração sem resposta diante do Gohonzon sama. Os filhos orientaram para ir ao hospital de Câncer de Barretos, por ser um hospital bem conceituado e fica perto de Colina onde a minha filha Regina mora.
No inicio de dezembro, fomos para o Hospital de Barretos. O medico geriatra examinou os exames feitos em São Paulo e disse que realmente é um câncer, mas na ocasião da biopsia retiraram uma bolha de sangue que tinha no intestino e que haveria necessidade de cortar mais um pedaço do intestino para evitar que o câncer avançasse.
O medico Geriatra pediu outros exames, Raio X do abdômen, tomografia computadorizada, ultrassonografia. Quando estava fazendo o exame de ultrason, o medico que fazia o exame… dizia que não estava vendo nada de anormal.
Levei todos os exames para o medico geriatra do Hospital de Barretos. Ele disse para mim e a minha filha Regina que não tinha mais nada, estava tudo normal. Realmente a senhora tinha câncer, mas agora não tem mais nada.
Ele ficou muito admirado, porque realmente no exame de colonos copia tinha comprovando o câncer e nos novos exames nada apareceu. Ele pediu o material da lamina e da biopsia do hospital servido estadual, para mandar para ele comparar com os exames que foram feitos em Barretos. Ele mesmo não estava acreditando no que ele viu nos resultados.
No dia 17 desse mês foi enviado esses materiais por SEDEX para o medico de Barretos.
Ele vai fazer novos exames de colonos copia e está marcado para 1º de março. Ele que fazer esse exame para comparar com o exame anterior de agosto. E vai fazer esse exame todo ano para acompanhamento.
Após tomar conhecimento do resultado de que tinha câncer em agosto/2011, passei a intensificar a pratica do daimoku. Fazia todos os dia 2 horas de shodai, dobrando as horas de shodai que fazia até então. Quando estava em Colina . levantava até de madrugada e ficava fazendo daimoku diante do omamori Gohonzon. (o Gohonzon sama dela, foi levado para o Templo Principal para restaurar)
Com certeza esse shodai me ajudou muito e mudou uma realidade tão clara conforme demonstrou os exames e deixou o medico até muito surpreso e muito curioso em saber o que aconteceu, motivo em que ele pediu os exames para verificar o que ocorreu. Ele até ficou preocupado em saber se não houve troca nos exames.
Não tenho palavras para agradecer ao Gohonzon sama e aos reverendos, pois pedi oração para eles pela minha saúde. Aos meus filhos que fizeram orações …aos companheiros de pratica que enviaram orações. Acredito que a minha pratica constante, ajudando no mamorukai, ajudando na recepção no Templo e fazendo o exercício de shodai tem me dado essa proteção.
Até agora fiz dois Tozans, uma em 1994 e outra em 2009. Estou determinada em fazer o Tozan de 2015 e agradecer pessoalmente para retribuir pelas dividas de gratidão ao Daí Gohonzon sama por esse extraordinário beneficio.
Muito obrigada pela atenção de todos
RUTH ORDANINI
Relato de experiência
Meu nome é ELIO FUJIO KAMATA, tenho 50 anos, resido em Suzano/SP, e tenho contato com o Gohonzon há 42 anos desde 08/11/1964 quando meu pai recebeu o Gohonzon Sama. Pratiquei até os 21 anos de idade de forma assídua e me afastei em inicio de 1979 por motivo da inclinação ao lado financeiro que a Gakkai direcionava naquela época. Fiz parte de diversos grupos, de seiri, keibi, yussohan, gajokai, grupo da mortadela (que pintava os isopores que eram usados na letra humana).
Desde o afastamento embora tivesse feito o Tozan em 1983 e tenha casado no Templo em maio de1984, só tive novamente contato em março/1998 com a Nichiren Shoshu, quando acompanhava o meu pai ao Templo Kaisenzan Itijioji ( na Rua Conselheiro Furtado). Na verdade nem tomei conhecimento da existência da Hokkeko até esse momento. Quando do falecimento do meu pai em abril/98… depois de um mês da reconversão é que fui ter contato com demais companheiros da Hokkeko.
Recebi o Gohonzon sama em 19/06/1998.
São vários os benefícios que tenho recebido. Mas gostaria de relatar um mais recente pela sua importância e de que forma ela se conduziu.
Trabalho na CAIXA ECONOMICA FEDERAL há mais de 28 anos, desde outubro de 1978. E trabalhei em varias agencias e a ultima função que exerci foi a de Gerente Geral na Agencia Itaquaquecetuba.
Em outubro de 2004 participava num evento que realizou em Goiânia. Tratava-se de um encontro de Gerentes Gerais de Município. Certo dia um Gerente Geral que me conhecia por eu ter sido Diretor Financeiro da AGECEF –Associação dos Gerentes da CEF, comentou de uma ação que estavam impetrando para incorporação de função e outros pedidos…. achei interessante a proposta e falei que procuraria o advogado que cuidava do caso quando voltasse para SP.
Em fevereiro/2005 entrei com a ação pedindo a incorporação da função e demais pedidos. …..em abril já se realizava a primeira audiência na Junta Trabalhista; mas a decisão é algo muito demorado.
No dia 25/07/2005 logo após a inauguração do Templo Shoboji … estranhamente … a Superintendência tirou a minha função de Gerente Geral (uma das coisas mais difícil é você explicar para sua família a perda de uma função) e passei a receber 50% a menos no salário líquido….Foram meses difíceis, pois era uma redução muito grande no salário, pois os gastos eram fixos e ajustados no padrão anterior…….Tive que resgatar previdência privada que tinha feito para as minhas filhas , na verdade estava vivendo com o pouco que deixei guardado……. transferí o consorcio do carro…e evitei muitos gastos supérfluos, …..para ajustar ao novo salário líquido, fiz muitos cortes nas despesas.
Com toda preocupação que se passava em minha vida, nunca deixei de acreditar na minha fé e no Gohonzon Sama. Apesar das dificuldades nunca deixei de fazer o GOKUYO e oferecer TOBA e participar nas atividades do Templo. Suzano é distante uns 60 km do Templo. Participava também nas atividades que eram realizadas em outros municípios, tais como Limeira, Varginha, Angra dos Reis.
Nas orações diárias que fazia, pedia muito pelo sucesso da ação e lembrava constantemente das frases do 26º. Sumo Prelado Nitikan Shonim… não há oração sem resposta, nem pecado imperdoável, toda fortuna será concedida e toda justiça será provada….. e também da frase do 67º. Sumo Prelado Nikken Shonin..que vou ler ao final deste relato.
O que ocorreu durante o processo é que passou por 4 juízes …em menos de um ano…e um deles mais ao final do processo..em 28/02/2006….. uma juíza substituta tinha negado a tutela antecipada……. … ficando para o dia 28/03, a sentença final de primeira instância. O dia 28/03 é o dia que comemora também o Estabelecimento do Verdadeiro Budismo e essa data significativa me fez fazer uma decisão, pois tinha que mudar essa negativa da Tutela Antecipada.
O que fiz então… desde inicio de março… fazer no mínimo 3 horas de daimoku por dia.. Tinha dias que fazia 5 a 6 horas de daimoku invadindo a madrugada…Fazia daimoku pela manhã, retornando do serviço fazia gongyo e shodai, e após o jantar, fazia daimoku até me sentir satisfeito. Sempre reforçando nos pedidos para que a sentença fosse favorável.
Apesar das dificuldades fiz decisão em participar no Tozan de abril… pois a milhagem no programa smiles me dava a passagem, e a minha esposa Sonia também foi junto. Foi um Tozan maravilhoso, por termos ido juntos ao encontro do Daí Gohonzon Sama… foi um Tozan inesquecível.
Lembro que no dia 28/03 ainda não saia a sentença…. antes de viajar para Japão no dia 10 de abril, também não tinha saído a sentença….. Após o término do TOZAN fiquei mais uns dias no Japão na casa do meu tio que reside em Tiba … acessei o computador para ver o resultado… e nada ainda…….isso já era dia 20/04…… e a sentença já deveria ter saído.
Quando cheguei no Brasil…retornei ao trabalho no dia 22/04 e acessei o SITE do TRT …onde pude ver que tinha saído a publicação da sentença…. Fui na junta no final da tarde após o trabalho e peguei o processo no seu quinto volume( tinha mais de 950 páginas) e fui logo nas últimas páginas…a sentença tinha umas 25 páginas… quando pude ler …DECIDO A TUTELA ANTECIPADA….. Na hora senti uma alegria muito particular e uma satisfação muito grande de ter nítida sensação da justiça ser concedida naquele momento…
Com certeza absoluta as intensas orações de daimoku e mais a participação no TOZAN mudou uma situação anterior que negava a tutela antecipada….. a juíza titular … formalizou a sentença mudando a situação e concedeu a TUTELA ANTECIPADA. Segundo o Advogado é muito difícil de ver algo parecido que ocorreu com o meu processo.
Tirei cópia da sentença e falei com o advogado que queria ver no dia seguinte a integra da sentença…… pois ele estava muito feliz e nem acreditava no resultado… pois em fevereiro tinha sido dada a sentença negando a tutela por uma juíza substituta. Ele me disse que tem muitos processos e é difícil obter a tutela antecipada… os juízes na maioria das vezes negam e deixam para o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) julgar…e se isso acontecesse, demoraria muito. As vezes ..anos e anos…tem processos que demoram mais de 6 anos.
Pensando bem…..é muito místico o que aconteceu comigo, pois só depois do TOZAN, isto é, logo depois mesmo, chegando e pisando nas terras brasileiras é que saiu a sentença do processo , não tenho palavras para explicar o que realmente aconteceu, por isso digo que é muito místico.
Foi muita boa sorte obter essa sentença que me dá muita tranqüilidade e sem nenhum stress… TODOS sabem que é muito estressante trabalhar na gerencia de uma Agência com constantes cobrança de metas e administrar um bom atendimento todos os dias.
O advogado me dizia….. Elio qual o segredo do sucesso, respondi dizendo…. sou budista, pertenço a Nichiren Shoshu e recitei muito Nam-Myoho-Rengue-Kyo.
Desde maio/2006 recebo salário incorporado da função de Gerente Geral trabalhando apenas 6 horas… e ainda tenho direito a horas extras !!! Muitos dos meus colegas Gerentes Gerais gostariam de estar na mesma situação. Acredito que eu seja único nessa função a estar nessa situação dentro do quadro Gerencial da Caixa Federal em São Paulo.
Na verdade se não tivesse participado naquele curso.. naquela semana, naquele grupo, pois tinham reuniões em outras semanas….. ter encontrado com aquele gerente….. não teria entrado com ação pedindo a incorporação da função….
HOJE EU ENTENDO …..NADA É POR ACASO….ter perdido a função, logo após a inauguração do Templo Shoboji… durante o andamento do processo… foi muito positivo para o processo, e o mais interessante é que os recursos que tinha aplicado em previdência privada e que resgatei, deu para garantir embora com apertos até o tempo que durou a sentença final que foi em abril/2006……
Não existe o acaso… Existe sim…. a sabedoria do Buda que conduz as nossas vidas para o melhor caminho e melhor solução.
Nesse meio surgiu a venda da fábrica de rodízios em 15/03/2006 que possibilitou também a participação da Sonia no Tozan… Foi muito bom ter ido junto….e ter participado na Cerimônia de Entronização e poder ver os dois Sumo Prelados Nichinyo Shonin e Nikken Shonin na Cerimônia e ainda poder ter feito uma apresentação de coral naquela ocasião representando o Brasil.
Agora resta continuar aguardando o prosseguimento do processo na segunda instância.
Gostaria de ler a mensagem de saudação de Ano novo, que o Sumo Prelado Nikken Shonin fez …. sobre os benefícios de recitar o Daimoku – Nam-Myoho-Rengue-Kyo.
¨Os sete caracteres da Lei Mística do Gohonzon engloba todas as culturas, todas as emoções e estados psicológicos, e a essência do sustento das pessoas; assim, as pessoas que acreditam no Gohonzon e praticam esta fé nunca deixarão de sentir a proteção do Poder do Buda e do Poder da Lei do Buda visto que experimentam os benefícios que são os mais apropriados às suas circunstâncias individuais, no momento certo e de maneira completa, tornando-se consequentemente maravilhoso. O Daimoku que sai de suas bocas para reverberar sem falha pelo céu e pela terra trazem grandes benefícios para si e para os outros¨. (Dai-Byaku-Ho 01/01/1996)
Essa frase eu lia todos os dias. Como o Poder do Buda e o Poder da Lei manifesta em nossas vidas. Pude comprovar na minha vida essa preciosa orientação.
Tenho muita fé no Gohonzon-Sama e procuro praticar corretamente seguindo sempre as orientações dos Reverendos. Sou Coordenador do Núcleo de Suzano e também Chefe da Divisão dos Senhores. Procuro realizar mensalmente as reuniões no Núcleo e incentivo a participação dos demais companheiros do núcleo nas atividades do Templo Shoboji e também de outras localidades. Incentivo também a participação no mamorukai e faço a recepção juntamente com a minha esposa Sonia e minhas três filhas Sayuri, Harumi e Mayumi; todo segundo sábado a tarde no Templo. O nosso núcleo de Suzano, realizou no ano de 2006 …. 13 shakubukus/gojukais/reconversão. Faltou pouquinho para completar a meta de 15. Para o ano de 2007 lançamos a meta de 15 e estamos esforçando bastante para concretizar esse resultado.
SEM DÚVIDA é muito importante a participação nas diversas atividades, principalmente as que são realizadas nos núcleos e no Templo.
Com muito débito de gratidão, vou fazer o Tozan do mês de abril em 2007, para agradecer ao Daí Gohonzon Sama, pelos imensos benefícios recebidos e decidir em dedicar cada vez mais em prol da propagação deste Verdadeiro Budismo de Nitiren Daishonin para que mais pessoas possam tornar felizes.
ELIO FUJIO KAMATA
Relato lido na Reunião de Despertar da Determinação em 21/01/2007 no Rio de Janeiro
Relato de experiência
Meu nome é Sônia Shimizu, morei 16 anos em Ribeirão Preto e há 2 anos moro em Bragança Paulista.
Meus pais receberam o Gohonzon em 1964, há 50 anos. Minha mãe tem 89 aos de idade. Somos em 5 irmãos. Eu e minhas 3 irmãs pertencemos à Hokkeko.
Hoje, eu gostaria de falar sobre o falecimento do meu pai, Tsutomu Shimizu.
Vocês podem achar estranho fazer o relato sobre a morte, mas certamente todos, aqui, um dia vão passar por isso, ou tem alguém que acredita que vai viver para sempre?
Meu pai morreu aos 82 anos de idade em 2004, quando completou 40 anos de prática. Durante esses 40 anos, o meu pai passou por várias dificuldades. Ele tinha uma funilaria e foi à falência por três vezes, mas ele jamais duvidou do Gohonzon como também nunca pensou em desistir do Budismo.
Depois que ele se aposentou, fazia diariamente 3 horas de Daimoku e dizia convicto: “Decidi não morrer de câncer, nem de acidente de carro, quero morrer antes da esposa, sem dar trabalho para ninguém.”.
Duvidamos: será?
Sou muito questionadora e desconfiada, por isso um dia perguntei a ele: “Pai, e se tudo o que a gente ouviu sobre o Budismo, durante décadas for falso?”
Ele me olhou bem sério e respondeu: “Quando eu morrer, olhe bem o meu aspecto. Se eu estiver com aparência feia, parecendo estar no Estado de Inferno, no dia seguinte você e toda a família parem imediatamente de praticar.” Tal era a sua convicção que me deixou atônita.
No dia a dia, podemos mascarar a nossa feição, mas não temos controle sobre a fisionomia no instante da morte, não é mesmo?
Um mês antes da morte, o meu pai começou a ter dores de cabeça, que persistiu por um mês, mesmo indo ao médico. Como ele tinha pressão alta, achamos que era por causa da pressão.
Ele estava com todos os sentidos e movimentos normais, por isso não estávamos tão preocupadas, mas ao final de um mês, a minha irmã Luiza que morava com ele, voltando do trabalho, notou algo estranho nele. Ele não conseguia mais se levantar e estava na cama recitando Daimoku.
Preocupadas, perguntávamos: Pai, o que está sentindo? Quer água? Ele negava com a cabeça, porque não queria perder tempo respondendo. Nada mais importava, só queria recitar Nam-Myoho-Rengue-Kyo. Era como se soubesse que aqueles eram os últimos momentos de sua vida.
Chamamos a ambulância. Ele foi levado ao hospital.
Devido a gravidade da situação, o neurocirurgião convocou toda a família.
Quando chegamos ao hospital, Nam-Myoho-Rengue-Kyo ecoava pelo corredor. Mesmo quando foi levado para a tomografia, ele continuou recitando o Daimoku.
A causa da dor de cabeça durante um mês foi derrame, que lentamente foi sangrando até chegar a 200 ml. Era operar ou morrer.
Enquanto preparava-se a sala de cirurgia, ele segurou as nossas mãos e juntos continuamos recitando o Daimoku. Ele já estava entrando em coma, quase ficando inconsciente, os olhos querendo virar, mas ele continuou a recitar Nam-Myoho-Rengue-Kyo, até o instante em que foi levado para a cirurgia.
Um dia após a cirurgia, ocorreu outro derrame e ele teve de se submeter a uma outra cirurgia. Após a cirurgia ficou em coma induzido, e mesmo após a suspensão dos medicamentos, ele continuou no estado de coma.
Todos os dias, no horário da visita, íamos à UTI e recitávamos Daimoku no ouvido dele. Os médicos iam tirando as nossas esperanças, ele estava se inchando, mas aguentava firme. Por fim, dizíamos a ele que tudo bem, que poderia partir, que estaríamos bem.
Nem os médicos entendiam a razão de ele estar aguentando tanto, isso porque os órgãos dele já não estavam funcionando bem, cada dia mais inchado. Mas ele sabia, esperou 10 dias para falecer exatamente no dia 13 de outubro, no dia do falecimento de Nitiren Daishonin !!! .
Estávamos trabalhando no restaurante que tínhamos, quando recebemos a notícia de seu falecimento.
Quando chegamos ao hospital, ele estava em uma salinha, parecia que estava dormindo e não estava mais inchado.
Se ele estivesse com outros falecidos, teríamos que respeitar a presença dos familiares. Mas como ele estava sozinho, posicionamo-nos ao lado dele, e recitamos o Daimoku por 2 horas. De vez em quando, ouvindo o Daimoku, alguém curiosamente espiava pela porta entreaberta. Ao final dessas 2 horas, olhamos para ele, e sorrimos, pois ele estava sorrindo.
Como duvidar do Gohonzon?
Hoje posso dizer sinceramente que o maior benefício após tantos anos de prática, é que poderei enfrentar tudo o que vier pela frente sem medo, porque tenho o Gohonzon e a proteção dos Deuses Budistas.
Estou determinada em seguir o exemplo do meu pai. Enquanto estiver viva, recitarei Nam-Myoho-Rengue-Kyo.
Agradeço a meu pai e minha mãe por ter nos conduzido ao caminho do Verdadeiro Budismo.
Agradeço também a atenção de todos.
Muito obrigada!!!
Relato de experiência
Meu nome é Rosa Yamamoto e pertenço a comunidade de Mogi das Cruzes.
Sou praticante da Nichiren Shoshu desde 1971. Contando um pouco da minha vida, trabalhei na lavoura e o serviço era árduo e quase não tinha tempo livre para divertimento. Vivíamos sem dinheiro e com desarmonia no lar e sempre procurando uma religião para encontrar uma vida com mais paz e harmonia no lar. Freqüentei a Sei Cho no Ele, mas não encontrava nenhum resultado em minha vida.
Conheci o meu marido que já era praticante da Nichiren Shoshu há cinco anos e o casamento foi feito no Templo Kaisenzan Itijioji na Rua Tamandaré. Não praticava na ocasião, não conhecia nada sobre o Gohonzon sama e nem a oração, mas orei pela minha felicidade durante a cerimônia. Na verdade queria casar na igreja católica, mas por insistência do meu noivo, me levou ao Templo e fiquei uma paz e gostei muito do ambiente.
A minha conversão aconteceu depois que tive o primeiro filho e sem experiência, ficava desesperada quando a criança ficava doente e com febre alta, ainda mais com dificuldade em passar no médico e pagar consultas. O filho de um ano de idade com febre alta, não dormi a noite inteira e no dia seguinte pela manhã, seguindo a recomendação do meu marido em fazer a oração para proteção do filho, orei desafiando o Gohonzon sama. Peguei o meu filho e comecei a fazer o daimoku e durante a oração, senti uma vontade de levar o filho na farmácia e o farmacêutico viu que estava com a garganta inflamada e comprei xarope e ele aplicou uma injeção. Voltando para a casa, coloquei os remédios no oratório e continuei a orar por mais uma hora.
Lembro claramente que no dia seguinte o meu filho não tinha mais nada e comprovei a força do Gohonzon sama e do Nam-Myoho-Rengue-Kyo. Pude então constatar que era a religião que eu procurava que dava resultado nas orações.
Desde então, decidi firmemente na pratica de gongyo e do shodai e participação nas atividades levando também os filhos.
Nessa época há 39 anos, foi inaugurado o Sho Hondo em 1972, no Templo Principal Taissekiji, onde estava consagrado o Daí Gohonzon sama e muitos membros fizeram a peregrinação, participando na inauguração.
Pensei naquela ocasião, nunca vou conseguir realizar o Tozan, pois estava morando numa casa pagando aluguel e vivia numa situação muito difícil, as vezes nem tinha dinheiro para pagar algumas despesas. Mas com o acumulo de boa sorte e da pratica, conseguimos comprar uma casa em 1977 saindo do aluguel e também com os três filhos gozando de boa saúde.
Meu marido em junho de 1989 foi para o Japão trabalhar como decasségui e também com o objetivo de fazer tozan. Ele fez o Tozan logo após ter chegado ao Japão e no mesmo ano consegui também fazer o primeiro Tozan em novembro de 1989, fiquei muito emocionada, foi muito maravilhoso de ver o Monte Fuji com o céu límpido e azul. Foi uma das coisas mais lindas que eu vi na minha vida.
Ele retornou em final de 1991 e tinha ocorrido nessa época o problema da separação da Soka Gakkai com a Nichiren Shoshu. Praticavamos na Gakkai nessa época e os dirigentes falavam para não ir ao Templo e criticava o Sumo Prelado e os Reverendos. Não acreditando no que eles falavam com fomos ao Templo para ouvir do Reverendo Prior Ogasawara que nos explicou direitinho o que ocorria e desde então acabamos desligando da Gakkai e decidi continuar seguindo a mesma religião que converti, recebendo muitos benefícios.
Sem parar na pratica da fé, com determinação viemos realizando os objetivos. Desde o Tozan de 1989. Foram vários os que realizei. Em 92, 94, 96, 2000. Em 1995 compramos um apartamento para o meu filho em virtude de oferecer mais segurança e a casa foi alugada através de imobiliária.
Em 2001 com o nascimento do primeiro neto fui ao Japão para tomar conta e ajudar o meu filho e marido. Acabei ficando mais de oito anos e como já estava no Japão, não perdia a oportunidade de fazer o Tozan por ser mais perto. Portanto dava para fazer quatro a cinco vezes Tozan ao ano com muita tranqüilidade.
Voltamos ao Brasil em 2010 e no mês de abril de 2011, decidimos eu e meu marido participar na Peregrinação de Mushibarai – Aeração dos Tesouros da Nichiren Shoshu. Pagamos a passagem a vista em fevereiro de 2011.
Corria na justiça há mais de quatro anos, uma ação para cobrança de alugueis. Logo após a decisão de fazer o Tozan e o pagamento das passagens, a imobiliária ligou dizendo que o inquilino vai acertar os alugueis atrasados e todo ele foi pago de forma que a despesa do Tozan deu para fazer com esse dinheiro.
No final de fevereiro, a minha cunhada voltou do Japão para ficar com a mãe dela, mas nós morávamos juntos tomando conta da minha sogra. Mas ela queria ficar com a mãe e solicitou o apartamento. Tinha que correr que nem doida a procura de um imóvel e fomos atrás para a compra de outro imóvel, pois não queria morar de aluguel e os outros imóveis estavam alugados. Com muito daimoku acabamos encontrando um apartamento e compramos, mas o vendedor tinha que ficar morando até abril, pois o imóvel que ele comprou estava reformando.
Sem lugar para morar, tínhamos que ficar por um tempo no local da marcenaria onde meu marido trabalha. Mudamos no final de fevereiro e levamos o Okatague Gohonzon sama e consagramos. Esse local é muito procurado e bem localizado com muita valorização, fica na Avenida Japão em Mogi das Cruzes.
Não obstante o problema do Tsunami, nós do Brasil participamos em 20 pessoas e a maioria dos países não liberaram os vistos ou recomendaram não viajar ao Japão em vista do problema em que o Japão estava passando e também de radiações.
As inquilinas, vizinhas, falavam, a senhora vai? Dona Rosa não vai não… Não dá nem para tomar água… Tem contaminação… Liguei para o Elio e ele me disse… Eu vou… Senti muita convicção e fiquei animada e mantivemos a decisão.
O Tozan foi esplêndido. Foi maravilhoso. Por ter sido um grupo de participantes do exterior em menor número pudemos assistir a aeração dos Gohonzons e também de vários goshos (escrituras do Buda Nichiren Daishonin). Geralmente é dividido em duas partes, de forma que é possível participar em um deles. Mas pudemos ver toda a Cerimônia.
Hoje tenho muita paz e tranqüilidade e harmonia no lar. Moro num apartamento que fica perto da marcenaria, em um lugar muito silencioso e tranqüilo.
Tenho muita gratidão ao Gohonzon sama e quero manter sempre a continuidade na pratica da fé, não importando o que aconteça. Jamais afastarei da prática e sempre visando o bem estar da sociedade e paz. Desejando o sucesso da organização Hokkeko e sempre protegendo o Templo e desejando a felicidade de todos os companheiros.
Obrigada pela atenção de todos.
Rosa Yamamoto
Relato de experiência:
Rildo Marques de Oliveira – Núcleo Perdizes
Bom dia a todos e todas, hoje estou aqui para contar a vocês como conheci e me converti ao budismo.
Em 2002 uma conhecida de nome Zuleide, sabendo de alguns problemas por qual eu passava, me disse sobre o Nam-Myoho-rengue-Kyo. Nem lhe dei ouvidos e até tratava com desdém. Então em outro dia, novamente me encontrou, e mais uma vez me disse sobre o budismo de Nichirem Daishonin, e mais uma vez eu dispersei a conversa.
Eu evitava a Zuleide, pois achava que ela era mais uma destas fanáticas fundamentalistas esotéricas religiosas. Ela me pedia pra orar o Nam-Myoho-rengue Kyo, e eu nem lha dava bola. Mas quanto mais eu fugia de Zuleide, eu a encontrava em todos os lugares – no mercado, no metrô, na Rua e lá estava aquela pessoa querendo me falar do budismo. Depois de quase oito meses fugindo de Zuleide, um dia resolvi lhe dar ouvidos e pronunciei a frase sagrada do Nam-Myoho-Rengue-Kyo por alguns minutos, para contentá-la para ver se me deixava em paz. Ao terminar, então ela me convidou pra ir a uma reunião. Logo refutei: – Poxa agora tenho que ir a uma reunião? Eu não tenho tempo, sou muito ocupado. Fui embora.
Mas minha fuga foi em vão, três dias depois a encontrei em plena Praça da Sé, e após a sua insistência para que fosse a uma reunião não resisti e lhe disse: – Zuleide eu vou na reunião, mas depois por favor me deixe em paz!
Naquela semana os problemas se agravaram, havia me divorciado, minha filha sofria muito com separação e ainda corria o risco de perder um contrato de trabalho bem rendoso que praticamente mantinha todo meu escritório e os 8 (oito) funcionários.
Decidi e fui à casa da Família Shibuia no Tatuapé, assim acreditava que nunca mais a Zuleide iria me perseguir.
Durante a oração na reunião eu não havia entendido nada das palavras pronunciadas, nem do que se tratava. Quando olhei num oratório vi um pergaminho pendurado ao centro com uns escritos estranhos em japonês, senti graça, tive vontade de rir e pensei: Nossa onde eu estou? Aqui os japoneses rezam pra uma espécie de calendário! Ao terminar a primeira oração do gongyo, me levantei pra ir embora, quando Zuleide me segurou e disse, não terminou. Ao terminar a cerimônia, me levantei e sai correndo dizendo que tinha um compromisso. E pensei: Que loucura, minha vida já tem tantos problemas… só faltava esta! Bem, eu vim e agora eu arrumo uma boa desculpa para Zuleide e ela nunca mais me fala disto.
Fiquei uns três meses sem encontrar com Zuleide. Mas sabem o que aconteceu? No final de 2003 encontrei Zuleide num vagão de metrô. Quando me viu logo sorriu e me disse! – Você está feliz? Eu para despistá-la respondi que tudo estava maravilhoso, então ela disse! – Que bom, mas não se engane você não achará a felicidade se não através do budismo, pois nós temos que ser feliz agora e não em outra vida, podemos transformar o karma agora e mudar as situações atuais. Esta frase me impressionou, e resolvi lhe falar a verdade, sobre os problemas que por qual passava e cada dia se agravavam, como por exemplo, sobre o contrato de trabalho que estava para perder, pois estava cada vez mais difícil de mantê-lo.
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Meu nome é Márcia Regina Miguel Rodrigues, sou responsável da Divisão das Crianças no Templo Kaidozan Shobiji e hoje, nessa importante reunião das quatro divisões, a primeira do ano, venho apresentar meu relato de experiência.
Em 2013, realizando exames de rotina, me surpreendi com um diagnóstico de BRs 04 no meu exame de mamografia. Esse diagnóstico indica que há a presença de câncer em algum órgão e no meu caso na mama direita.
Quando entreguei os exames ao meu médico do HU – Hospital Universitário, ele imediatamente me encaminhou para o HC – Hospital das Clínicas. Me pediu para eu ir na segunda-feira mais próxima e chegar cedo para tentar ser atendida. Conforme instruções do médico, cheguei bem antes do horário de atendimento, que seria as 8 horas da manhã e já havia uma fila de mais de 40 mulheres para passar naquela triagem. Na minha vez, quando a atendente viu o encaminhamento com o diagnóstico, me perguntou se eu tinha disponibilidade de ficar até a tarde, pois eu seria atendida ainda naquele dia. Eu disse que sim e fiquei aguardando. Às 12 horas começou a distribuição das senhas para os atendimentos da tarde. Eu estava com todos os meus documentos em mãos e o meu atendimento foi o último daquela especialidade, naquele dia, sai de lá mais de 16 horas. Quando o médico olhou o meu exame ele chamou uma colega e foram analisar as imagens. Após alguns minutos de análise, que teve a participação de um terceiro especialista, o médico me deu o diagnóstico, que escutei sem expressar qualquer tipo de reação:
“Olha, você está com câncer na mama direita. Mas não se preocupe, você está em ótimas mãos, somos uma excelente equipe e tudo vai dar certo. Você vai fazer uma cirurgia para retirada da mama, vai fazer quimioterapia, seus cabelos vão cair… mas isso não é problema, porque você pode usar uma peruca ou um lenço…”
Durante a fala gentil e cuidadosa do médico, quando ele me dava a notícia e o consolo que tentava fazer, não consegui dizer nada, mas minha cabeça estava a mil, preocupada, pensava que seria necessário avisar ao Reverendo Abiko, pois ele precisava colocar outra pessoa no meu lugar, pois seria complicado continuar a realizar as atividades com as crianças passando por esses problemas. O médico me pediu outros exames, inclusive outra mamografia, para dar continuidade aos pré-operatórios. Me despedi do médico, com gratidão pela delicadeza naquele momento difícil e fui ao guichê marcar os exames e o retorno da consulta.
Então, sem comentar nada com ninguém, a não ser pessoas mais chegadas, resolvi vir ao templo conversar com o reverendo Abiko sobre o ocorrido. Ele me ouviu com atenção e carinho e quando propus para colocar outra pessoa para responder pela divisão das crianças, o reverendo Abiko me pediu para ter calma e continuar a minha prática que tudo daria certo. Eu estava certa que passaria por todos aqueles procedimentos descritos pelo médico, mas o reverendo não deu importância a isso, e sim, para que eu me mantivesse firme na prática da fé. Agradeci ao reverendo, porque aquelas palavras me fortalecerem e segui aquilo que ele me aconselhou.
Após realizar os exames solicitados, voltei ao médico, dessa vez, um mastologista. Novamente fui a última a ser atendida e para minha surpresa, o médico me disse que não tinha como me explicar o que aconteceu, mas o câncer havia desaparecido. Ele me dizia aquilo, porque no exame anterior o câncer era bem nítido e desapareceu, mas que haveria uma junta médica para estudar o meu caso e me pediu para voltar dentro de quinze dias. No dia marcado retornei e o médico me disse que ainda não tinham uma conclusão e que era para eu voltar em mais quinze dias e assim sucessivamente fui aguardando a conclusão e a liberação de todos os meus exames, sendo que semestralmente fiz novas mamografias até que em março de 2015 recebi alta com diagnóstico de BRs 02, o que significa que há uma calcificação no local, que necessita de atenção, mas não era câncer. Sai dali emocionada e muito aliviada por não ter que passar por todos os inconvenientes da mastectomia e quimioterapia.
Logo me apressei em agradecer ao Gohonzon por me livrar daquela situação e agradecer ao Reverendo Abiko que em sua simplicidade, tem sempre uma palavra firme de orientação que é tão importante num momento como esse.
Tenho realizado a leitura dos relatos de experiências de pessoas do mundo inteiro nas reuniões do núcleo da Vila Mariana, agradeço ao sr. Adhemar Kajita, Diretor Koto do nosso Templo Shoboji pela oportunidade e nessas leituras, compartilhamos a benevolência do Gohonzon e como a fé e a prática desse budismo são um importante meio para alcançar os benefícios, em diversos campos: saúde, financeiro, conflitos familiares e tantos outros que são resolvidos pela prática assídua e com fé inabalável. Conhecer a experiência de outras pessoas que comprovam que quando há fé e prática os benefícios são certos, nos fortalecem e nos fazem enxergar que de fato não há oração sem resposta.
Para finalizar, minha palavra a todos é em qualquer circunstância, nunca esmoreça na prática diária de shodai e gongyo, participar das reuniões de núcleo e cerimônias ouvindo as preleções dos reverendos e a importante tarefa de realizar o shakubuku.
Muito obrigada.
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Meu nome é Wagner Attizano. Conheci o Budismo de Nitiren Daishonin no ano de 1968 através de minha mãe. Ela anteriormente praticava o espiritismo, apesar de também frequentar a igreja católica, oportunidade em que adoeceu, ficando com a saúde gravemente comprometida. Nesta ocasião, uma tia minha convidou minha mãe e meu pai a conhecerem o Verdadeiro Budismo. Como o estado de minha mãe era grave ela logo começou a participar das reuniões budistas. Havia um senhor chamado Tokunaga que a assistia com muito empenho e dedicação, orientando-a quase que diariamente, objetivando sua recuperação. A melhora não demorou a aparecer e depois de seis meses minha mãe já estava totalmente recuperada e muito mais saudável do que foi em toda a sua vida. Fiquei muito feliz com este fato. Posteriormente minha mãe e meu pai me incentivaram a praticar o Budismo, mas eu rejeitei a idéia, dizendo aos meus pais que não estava doente, pelo contrário, me sentia muito bem, e também havia nascido e me criado dentro do catolicismo e pretendia continuar assim. Como eu havia me negado a praticar o Budismo, não demorou muito e o dedicado Sr. Tokunaga esteve em minha casa e me convidou para participar em uma reunião de jovens, ao que eu agradeci porém recusei e acrescentei não ter nenhum motivo para ser budista, posto que era feliz, tinha boa saúde e já professava uma religião, que era o catolicismo.
A bondade do Sr. Tokunaga era imensurável e ele era incansável, visitando-me semanalmente e incentivando-me a praticar o budismo, convidando-me para fazer as atividades, sempre disposto a me ensinar a prática da fé, mas sempre recusei e já estava achando inconvenientes os seus convites.
Pois bem, o tempo passou e chegou o mês de junho do ano de 1971. Como sempre, eu estava muito bem, trabalhando bastante e tinha uma boa situação, porém em determinado dia senti um mal estar que me fez retornar do trabalho para casa. Ao chegar em casa resolvi deitar-me um pouco para ver se eu melhorava, mas a situação começou a se agravar dia após dia, semana após semana e mês após mês. Nesta ocasião eu ia a um médico pela manhã que me passava uma receita, outro à tarde que me passava outra receita e outro que me visitava à noite em casa e me receitava outros medicamentos e me aplicava uma injeção para eu conseguir dormir, pois meus dias eram de grande sofrimento. Eu não conseguia comer e nem beber nada. Se eu comesse algo logo meu corpo rejeitava e expelia o alimento.
Meu pai gastava fábulas de dinheiro em médicos e remédios comigo, e apesar disso, eu definhava a cada dia. O Sr. Tokunaga continuou me visitando e me pedindo para recitar o Nam-Myo-Ho-Rengue-Kyo, mas eu ainda não aceitava.
Resolvi então fazer promessas (pois era católico) e as promessas não resultavam em nada positivo, muito pelo contrário, a situação se agravava.
Nesta época eu ainda era noivo da minha esposa, só que ao invés de eu ir à casa dela, ela é quem vinha em minha casa me visitar, pois eu não conseguia sair da cama e meu estado era lastimável.
Como as promessas não davam resultado resolvi então procurar ajuda também no espiritismo e lá ia eu e minha noiva a centros de mesa branca e etc, para ver se eu conseguia alguma melhora. E a situação só se agravava. Fui a todos os lugares que me indicavam, a procura da minha saúde, mas não a encontrei. Me recordo que chegou o mês de dezembro de 1971 e eu com 1,75 m de altura estava com um aspecto muito feio, pesando 38 quiilos. Certa noite, o médico veio me consultar e como de costume me aplicou uma injeção para que eu pudesse dormir um pouco. Como a injeção era muito forte o médico depois de alguns minutos pensou que eu já estivesse dormindo, mas eu, mesmo com a injeção, não consegui dormir. Então ouvi a conversa do meu pai com o médico, perguntando-lhe quando eu começaria a ter alguma melhora, ao que o médico respondeu que a medicina já havia feito por mim tudo o que podia e que meu pai aguardasse nos próximos dias pela minha morte.
Chegou então o dia 24 de dezembro e um colega de escola veio me visitar para saber como estava a minha saúde. Ficando em companhia deste colega, eu pedi a meu pai que fosse comprar um presente para eu dar para a minha noiva que deveria vir me visitar à noite, pois eu ainda não era budista e portanto, comemorava o Natal.
Meu colega precisou ir embora antes que o meu pai retornasse, pois havia chegado parentes em sua casa.
Então, eu fiquei sozinho em casa e comecei a passar muito mal. Os sintomas se agravavam e com muita dificuldade levantei-me da cama onde já estava há seis meses, objetivando chegar até a rua para avistar algum vizinho e pedir para que me levasse a um hospital, pois sentia que estava morrendo, como o médico havia falado. Eu não queria que quando meus pais chegassem me encontrassem morto dentro de casa, por isso eu queria chegar até o hospital, pois eu achava que se lá morresse, a impressão desagradável da morte para meus pais seria menor.
Porém, não consegui meu intento. Quando cheguei na metade de uma área de inverno que tinha em minha casa, eu caí e comecei a perder meus sentidos, de tal modo que me via velozmente caminhando em direção a uma luz. Neste momento, ainda com alguma lucidez me lembrei das palavras que tanto o do Sr. Tokunaga havia me dito: “Wagner recite o Nam-Myo-Ho-Rengue-Kyo”.
Assim, já inconsciente pensei que não queria partir deste mundo sem atender à solicitação do Sr.Tokunaga e mesmo caído no chão, comecei a recitar o Nam-Myo-Ho-Rengue-Kyo mentalmente.
Subitamente comecei a retornar daquela luz para qual eu estava caminhando e acabei acordando no chão. Surpreendentemente, eu estava me sentindo muito bem, como se nada tivesse me acontecido durante aqueles seis meses. Levantei-me e resolvi ir para a garagem onde meu carro estava parado por seis meses. Resolvi então lavá-lo, e assim o fiz.
Quando meus pais chegaram e me viram lavando o carro ficaram muito surpresos e então eu contei a eles tudo o que havia ocorrido. Fui tomar banho e fazer minha barba que já estava crescida. Coloquei uma roupa nova e anunciei a meus pais que eu iria com meu carro visitar a minha noiva. Em princípio, eles me falaram que não era adequado, por conta do meu estado, mas eu fui assim mesmo.
Eu notei que meu tio, certamente a pedido do meu pai, me seguia com seu carro, o que fez até a casa de minha noiva.
Esta quando me viu ficou surpresa, perguntando-me como tinha conseguido chegar até lá.
Contei a ela todo o acontecido e afirmei que a partir daquele momento, eu me converteria à Nitiren Shoshu e seria budista.
De imediato, ela falou que também se converteria, por ter acompanhado tudo o que havia ocorrido comigo.
A partir deste momento, minha saúde melhorou, voltei à minha vida normal, estudando e trabalhando, retomando tudo que havia ficado parado naquele período.
Naquela época, fui orientado no sentido de que a minha cura havia se dado de forma muito rápida por benevolência do Gohonzon, pois se aquela enfermidade perdurasse por mais tempo, eu não resistiria.
Na realidade, quando tudo isto aconteceu eu ainda não possuia uma prática da fé suficientemente sólida para justificar tamanho benefício.
Foi-me dito então que a dificuldade pela qual passei, provavelmente retornaria, para que eu pudesse eliminá-la totalmente.
Isto de fato aconteceu. Após alguns anos, a doença retornou de forma abrandada e com uma prática sólida e o daimoku acumulado ao longo destes anos, consegui tornar aquele carma que era pesado em leve e eliminá-lo totalmente. Este segundo episódio ocorreu no ano de 1977, quando já estava casado e tinha minha filha mais velha, e de lá para cá, esta doença não mais se manifestou.
Hoje, tenho três filhos e um neto e todos praticamos o verdadeiro budismo.
No curso de minha vida, depois disto tudo, me defrontei com problemas e obstáculos, provenientes de minhas más causas do passado, os quais sempre tenho resolvido, intensificando cada vez mais a minha prática.
Ainda no início deste ano tive que me submeter a uma cirurgia que normalmente tem uma recuperação difícil, dolorosa e longa e posso afirmar a todos que na semana seguinte, já tinha retomado a quase todas atividades, trabalhando e cumprindo quase que totalmente meus compromissos diários.
Este acontecimento foi um benefício evidente e inquestionável, assinalando que até os médicos que fizeram o acompanhamento do meu período pós-operatório se surpreenderam com a minha recuperação.
Por tudo isto sou muito grato ao GOHONZON e espero que todas as pessoas possam assim como eu usufruir das virtudes desta prática budista.
Muito Obrigado.
RELATO DE TOZAN
Meu nome é Marina Izabel de Melo Soares, tenho 66 anos de idade, sou mãe de Ieda, Almir e Adriane de Melo Soares, conheci o Budismo no ano de 1996 quando minha filha Ieda iniciou sua prática, achava muito estranho o idioma que não entendia, me deixava bastante preocupada e com muito medo.
Em 1998 a Adriane converteu-se ao Budismo através da Ieda, acompanhava a prática das duas mas não deixava de lado , minha religião católica minhas imagens de Santos espalhadas pela casa, tinha inclusive um quadro enorme e bastante imponente da Santa Ceia que tomava conta de toda parede da cozinha herança de meus familiares, com a conversão da Adriane que mora comigo ficou mais próximo acompanhar o Gongyo da manhã e noite, ela fazia questão da minha presença, eu participava das reuniões visitas ao templo, mas não me sentia preparada para a Conversão e nem de desfazer das minhas imagens de Santos, mas com passar do tempo as mudanças foram acontecendo na vida da minha família, as provas reais da benevolência de Nitiren Daishonin eram realmente visíveis, minhas filhas de empregadas tornaram-se empresárias meu filho trabalha em uma multi nacional com cargo de extrema confiança, os obstáculos e problemas da vida cotidiana eram sempre resolvidos com sabedoria, ganhei meu sutra e acompanhava calada o Gongyo pois achava impossível recitar, mas com muita paciência das minhas filhas e minha determinação aprendi. Então em total respeito ao juramento da Adriane e Ieda em abandonar todas as religiões heréticas e crer somente no verdadeiro e absoluto ensino do Budismo de Nitiren Daishonin tomei a atitude correta de retirar da minha residência todas as imagens de Santos inclusive o quadro da Santa Ceia e abraçar o único e verdadeiro ensino, sendo assim por minha vontade também me preparei para minha conversão o que não foi fácil repeti por 3 vezes a prova, mas recebi total apoio dos reverendos e adeptos e não desisti e finalmente no ano de 2009 recebi meu Gohonzon, e logo em 2010 fiz também minha primeira peregrinação o que também achava impossível viajar até o Japão, fui em total agradecimento, as pessoas que não conhecem o verdadeiro ensino acham que estamos indo À turismo, no entanto já tenho 4 anos de conversão e já realizei 3 peregrinações, todas elas pagas com meu trabalho pois sou baba e hoje as crianças que cuido desde o nascimento estão com 22 anos o Andréas e 13 a Amanda, que são meus shakubukus, como já estão grandes continuo com eles como governanta, pois tenho muito carinho, gratidão e amor com essa família que pretendo passar o ensinamento e conduzi-los para a verdadeira felicidade nessa existência.
Recentemente minhas irmãs receberam o Gojukai e minha sobrinha o Gohonzon, assim estamos conduzindo a família em corpos diversos em um único propósito.
Não posso encerrar meu relato sem agradecer a todos reverendos e suas respectivas famílias que nos acolheram e acompanharam com muita dedicação e paciência ao Japão e aos grupos que também tiveram bastante paciência e companheirismo.
Obrigada por me ouvirem e espero ter incentivado aos senhores e senhoras aqui presentes a realizarem a peregrinação em débitos de gratidão.
Muito obrigada.
RELATO DE TOZAN
Meu nome é Erika, tenho 33 anos, sou Fisioterapeuta e pertenço ao Núcleo Litoral Norte de São Sebastião, São Paulo.
Gostaria de agradecer ao Gohonzon a imensa boa sorte por ter realizado minha primeira peregrinação ao Templo Principal e poder relatar minha experiência.
Venho de família Católica, mas nunca aceitei a religião, o que resultou em vários conflitos durante toda minha vida. Eu não via as pessoas felizes, tolerantes, em harmonia, praticando o catolicismo. Nunca tive minhas perguntas esclarecidas. Como não conseguia seguir uma religião a qual não compreendia, resolvi deixar de acompanhar meus familiares à igreja.
Conheci o Budismo no ano de 2011 através do meu esposo Sandro. Na época éramos apenas amigos.
Quando soube que ele era budista, senti muita vontade de conhecer mais sobre a prática.
Comecei então a comparecer as reuniões do Núcleo Litoral Norte, onde a Srª Eliane e todos os adeptos me acolheram e incentivaram a continuar praticando e estudando, bem como participar das Cerimônias no Templo Kaidozan Shoboji.
Sempre tive um espírito de procura muito forte, e logo já estava recitando o Sutra de Lótus, realizando minhas orações ainda na prática provisória. Em fevereiro de 2012 recebi meu Gojukai.
Foi um momento de muita alegria, tive a certeza de estar no caminho correto.
Eu e Sandro nos casamos em 2013, e tivemos a imensa boa sorte de ter o Gohonzon consagrado em nosso lar. No ano passado determinamos que faríamos nosso primeiro Tozan juntos.
No ano passado, fui procurada pela Taís (através de uma amiga em comum); ela se interessou pela prática Budista. Levei Taís para conhecer nosso núcleo e ensinamos a ela sobre o Budismo de Nichiren Daishonin. Taís teve a imensa boa sorte de receber o Gojukai. Foi meu primeiro Shakubuku concretizado.
Eu e meu marido nos programamos para realizar nosso Tozan em Abril deste ano. Porém, até chegar o momento tão esperado, comecei a apresentar alguns problemas de saúde. Dores pelo corpo, sem causa aparente, chegaram a me deixar acamada. Não tinha forças para trabalhar, nem fazer pequenas atividades em casa. Os médicos não conseguiam diagnosticar a causa das dores. Comecei então vários tratamentos. Tive períodos de melhora, mas as dores voltavam. Cheguei a ser diagnosticada com Fibromialgia. Fiz tratamentos com medicações muito fortes.
Por vários momentos pensei que não conseguiria realizar o Tozan. Pedi muita proteção ao Gohonzon, continuei com a minha prática com a firme determinação de fazer minha peregrinação. Me preparei para a viagem fazendo um estoque de medicamentos, pois tive muito medo de piorar em plena viagem.
Chegado o momento do Tozan, tudo deu certo: consegui minhas férias no trabalho, tivemos recursos financeiros, não tive medo do vôo (nunca havia feito uma viagem tão longa de avião) e o que eu mais temia não aconteceu. Felizmente, não tive nada durante o Tozan, não senti dor alguma, se quer precisei tomar remédios. Me senti fortalecida, como se nunca tivesse tido nenhum problema de saúde. Tive disposição para realizar todas as atividades. Me sentia imensamente feliz.
Participei de todos os encontros com o Dai Gohonzon (ao todo foram 4), participei da Cerimônia de Preleção de Gosho e da Cerimônia de Aeração dos Tesouros Sagrados.
Foi maravilhoso estar na Terra do Buda e poder me encontrar com o Dai Gohonzon. Senti imensa alegria e emoção.
Todos os adeptos e Reverendos me ajudaram muito, tenho imensa gratidão por todas as orientações e palavras de incentivo.
Como consta no Gosho “Sobre o oferecimento para o objeto de devoção”: “O pássaro que se aproxima do Monte Sumeru torna-se dourado”.
Pois bem, desde que retornei do Tozan, pude perceber mudanças na minha vida . Novas oportunidades surgiram no emprego, me relaciono melhor com as pessoas, meu estado de saúde melhorou muito (não tenho mais quadros de dor, praticamente não utilizo nenhuma medicação). Sinto a cada dia mais vontade de realizar a prática e incentivar outras pessoas a conhecerem o Verdadeiro Budismo de Nitiren Daishonin.
Não há palavras para expressar o quão maravilhoso é encontrar com o Verdadeiro Objeto de Devoção, o Dai-Gohonzon do Supremo Santuário do Portal Original.
Espero que cada vez mais adeptos possam realizar a peregrinação à Terra pura e sagrada do Buda Original Nitiren Daishonin.
Muito Obrigada!
Erika Prado Silva – Julho 2016
RELATO DE EXPERIENCIA – ULISSES
Meu nome é ULISSES MOREIRA DA SILVA, tenho 50 anos e conheci o Budismo em 1968. Pratiquei até 1990, quando teve a problemática com a Gakkai. Nessa ocasião os meus pais se afastaram e eu também. Retomei novamente em 06/04/2005, através de varias visitas consecutivas por quase cinco anos que o ELIO KAMATA fazia, entregando Informes, convites e frases de Goshos.
Na ocasião que encontrava afastado, passava por vários problemas, casamento desfeito, depressão e outros problemas de saúde. Com as leituras das matérias relembrei a época que praticava e com isso resolvi voltar participando numa reunião de quinta feira na casa do ELIO, e a partir desse dia venho praticando assiduamente.
Muitas coisas boas aconteceram após o retorno da pratica. Eu estava afastado desde 2000 por motivo de doença pelo INSS. Voltando com a pratica de recitação do Daimoku os benefícios surgiram e o Presidente da Câmara de Suzano ISRAEL LACERDA me convidou para ser seu assessor de relações publicas e com isso financeiramente a minha vida melhorou bastante.
Devido ser relações publicas eu usava o carro da Câmara e tendo em vista os problemas de estrutura hospitalar em Suzano, a população solicitava ajuda da Prefeitura e da Câmara e com isso eu levava muitos pacientes diariamente, e as vezes fazia até duas viagens de Suzano até São Paulo, principalmente ao Hospital do Câncer Dr. Arnaldo.
Devido ao falecimento do meu Pai em 25/12/2010 por motivo de problema de pedra na vesícula, deu infecção generalizada. E com esse problema ficou na minha mente que poderia ter problemas de saúde e me alertou em fazer um exame abdominal completo.
Certa ocasião estava na Santa Casa de Santo Amaro e enquanto aguardava os pacientes que levei para serem atendidos, acabei me deparando com pessoas que faziam propaganda de exames de ultrassom com preços bem baratos em torno de R$ 50,00. Peguei esse folheto e fui fazer o exame nesse mesmo dia, pois tinha chegado de manha cedo e estava de jejum e possibilitou fazer o exame.
Esse exame foi há três anos. O Medico que fez o exame de ultrassom foi me preparando dizendo que havia um probleminha no fígado, mas que não era para se assustar. Ele me mostrava na tela um nódulo de 3,5 cm por 2,7 cm, quase de um tamanho de um ovo. Mas sabia que no fundo era algo grave, pois eu levava muitos pacientes com problemas semelhantes. Porque o fígado é um órgão muito importante, por filtrar o sangue.
Teve um paciente que tinha problema e era católico e visitava a Basílica em Aparecida do Norte. O outro era evangélico e os companheiros dele fazia culto na sua casa. Cheguei a fazer distribuição de panfletos e materiais de Budismo a todos eles, mas ignoraram. Infelizmente vieram a falecer.
Passado uma semana, fiz novamente o exame no Centro de Especialidade que por coincidência fica em frente a casa do Elio onde afinal tudo começou. Enquanto aguardava a vez de ser atendido, fazia daimoku mentalmente em direção a casa imaginando o Gohonzon Sama. Fazendo o exame, confirmou o nódulo. E depois desse resultado o medico pediu pra fazer uma tomografia computadorizada do fígado e eu estava com esse pedido do medico em mãos. Mas fiquei sem fazer exame por uns dois anos. Na verdade não sei o motivo, mas não conseguia fazer esse exame. Cheguei a ficar do lado da maquina pra fazer, mas por um motivo inexplicável, acabei não fazendo o exame naquela ocasião. Isso foi há dois anos, isto é depois de um ano da descoberta do nódulo.
Estava numa reunião Geral no Templo e ouvi um relato de experiência de uma senhora que estava com problema no fígado e acabou me motivando e me incentivou muito. Passei então a fazer um programa de SHODAI, utilizei o quadro de shodai das senhoras e comecei a preencher os quadros com daimoku.
Fazia muito NAM-MYOHO-RENGUYE-KYO, fazia daimoku enquanto dirigia, enquanto aguardava paciente serem atendidos. Fui para Angra dos Reis, fazendo daimoku de 6 horas para ir e mais 6 horas para volta. Levei vários envelopes contendo material de budismo e distribuía nas cidades que eu visitava. Colocava esses envelopes nas caixas de correio. Em torno de 50 a 60 envelopes, cada vez que saia.
A minha filha JADE esta trabalhando num posto de saúde em Suzano e acabou conseguindo marcar uma TOMOGRAFIA no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, esse exame foi no final de janeiro desse ano. Fiz um exame abdominal completo. Por sair em forma de laudo demora em torno de 10 dias.
Confesso que quando peguei o envelope com o resultado exame estava muito nervoso e preocupado com o que poderia ver nesse resultado, pois nesses últimos três anos, não tinha feito mais nenhum exame, apenas protelando essa tomografia que o medico tinha pedido há dois anos. Abri o exame dentro do carro. Eu estava sozinho e comecei a ler. O primeiro que li foi sobre o fígado e dizia que estava no tamanho normal e não tinha mais nada e nenhum problema.
Foi um grande alivio… senti muita vontade de chorar, pois é uma emoção muito grande, pois se tratava de um problema de saúde muito grave e muitas vezes irreversível causando morte.
Tenho certeza que as orações que fazia, as atividades no Templo e outras localidades, Gokuyo, e entrega de envelopes visando o shakubuku resultou nessa inexplicável eliminação de um nódulo, que deveria aumentar de tamanho mês a mês e ao final desapareceu. Isso é místico.
Meu próximo objetivo é fazer TOZAN e encontrar com o Dai Gohonzon Sama e agradecer por esse grande beneficio que possibilita dedicar mais um pouco em prol do Kosen Rufu.
Agradeço a todos pela sua atenção
Relato de Experiência
Meu nome é Sonia Attizano. Encontrei-me com o Gohonzon em 1971, quando iniciei minha prática. Nestes anos foram muitos os benefícios que recebi, mas hoje gostaria de relatar alguns problemas de saúde, pelos quais passei e como consegui ultrapassá-los, através da recitação do Nam-Myoho-Rengue-Kyo e da dedicação nas atividades do Templo.
Desde muito jovem, não possuía uma boa visão, mas somente em 1985, descobri que possuo uma doença genética, denominada retinose pigmentar, que progressivamente vai destruindo a retina, que é o cérebro do olho. Para ela não há tratamento,
remédio ou cirurgia. A retina vai necrosando, quer dizer, morrendo, e a visão acaba, começando pela visão periférica e, por fim, a central. Na época, passei por vários médicos, os melhores do Brasil, e nenhum me deu a mínima esperança de que eu pudesse superar essa grave doença. Foi uma fase muito triste para mim e para minha família, pois estava caminhando em direção à cegueira bilateral, aos 31 anos e com três filhos pequenos, que ainda precisavam dos meus cuidados.
Em meio a essa situação, decidi intensificar a prática do shodai, porque acreditava que somente dessa forma venceria essa doença. Fazia, no mínimo, quatro horas de shodai por dia. Como resultado dessa prática intensa, minha visão que no início era 33%, em pouco tempo dobrou, passando para 66%. A ação do daimoku, também, acabou com a depressão decorrente dessa situação e se evidenciou até em meu aspecto físico, melhorando-o tanto, que pessoas conhecidas, ao me encontrarem, questionavam se eu havia feito cirurgia plástica.
Juntamente com tudo isso, recebi outro benefício imenso, pois sendo a doença genética, eu poderia tê-la passado aos meus filhos, mas não foi o que aconteceu. Após a realização de exames específicos, os médicos concluíram que nenhum deles herdou esse problema, todos têm a visão perfeita. Em 1993, eu tive catarata provocada pela retinose e fiz a cirurgia nos dois olhos, mas só para remover a catarata, nada mais, pois a retinose continua ativa, mas brecada pelo Nam-Myoho-Rengue-Kyo.
Atualmente, ao fazer minhas consultas oftalmológicas, quando relato ser portadora de retinose, todos os médicos me dizem que quem tem retinose não pode enxergar como eu enxergo. O meu campo visual é bem fechado, mas conservo a minha visão central, inexplicavelmente, aos olhos de quem não conhece o Poder da Lei. Continuo a me dedicar à prática da fé, esforçando-me para oferecer o melhor de mim e, assim retribuir à dívida de gratidão e continuar mantendo minha visão.
Esse acontecimento foi para mim, como se diz popularmente, “um divisor de águas”, porque como consequência dessa prática forte e intensa pude enxergar algumas maldades que me cercavam, naquela ocasião, e tomar decisões corretas que se refletem, até hoje, na vida de muitas pessoas, inclusive na minha.
A sucessão desses fatos me fez comprovar o seguinte ensinamento que Nitiren Daishonin nos dá no gosho ‘Resposta à Monja Sennichi’¨ Por exemplo, as causas negativas da vida de uma mulher são como capim seco. O ideograma Myo do Sutra de Lótus é como uma pequena chama. Ateando-se essa pequena chama ao capim seco, ela não somente o queima e o faz desaparecer, como também, queima e acaba com grandes árvores e grandes rochas. Assim é a chama da sabedoria do ideograma Myo, não somente extingue as diversas causas negativas, como também, as transforma em benefícios. O veneno se transformar em néctar refere-se a isso.¨
Mas a manifestação do Poder da Lei não se resume a isso. Nos anos seguintes, ocorreram certos fatos relacionados à minha saúde que, também fogem um pouco da lógica e que não posso deixar de atribuí-los à força da Lei.
Ocasionalmente, há 18 anos, durante um ultrassom do aparelho digestivo, o médico que o realizava, perguntou-me se eu tinha cólicas renais e eu disse-lhe que nunca as havia tido. Então, ele comentou que tenho pedras nos dois rins e encaminhou-me ao nefrologista, que realmente confirmou o diagnóstico e diante da falta de sintomas somente me recomendou que aumentasse a quantidade de injeção de água. Até hoje, nunca tive cólicas renais. Reconheço aqui mais um benefício do Daimoku.
Também, desde 1994, ou seja, há 19 anos, meu colesterol e triglicérides mantêm-se em níveis muito acima dos valores normais, apesar de eu controlar minha alimentação e tomar altas doses de medicamentos. Os médicos disseram-me que meu próprio fígado produz o colesterol, que sem remédios chega a 650. Pois bem, no final de 2012 consultei um cardiologista para verificar como anda meu sistema circulatório. Fiz vários exames e fui informada pelo médico que tenho as vísceras limpas, sem indícios de gordura e de entupimento das artérias. Fiquei surpresa e bem aliviada, e mais uma vez agradeci ao Gohonzon
Possuo, também, nódulos na tireoide e meus médicos, não acreditando nos resultados negativos das biópsias, me obrigam a ficar repetindo-as seguidamente. Eles dizem que os mesmos são muito feios e têm aspectos de malignidade, mas há seis anos refaço os exames e os resultados são sempre negativos. Estou certa que aqui também está se manifestando a proteção das Entidades Iluminadas.
Acho que em nossa vida também deve ser assim. Mesmo tendo dentro de nós as raízes dos problemas, ou seja, o nosso carma, os poderes da prática forte e sincera nos farão eliminá-los sem grandes sofrimentos, de forma bem amenizada.
Agradeço diariamente aos Três Tesouros do Budismo por tudo que me aconteceu e oro para que eu possa praticar corretamente até o último instante de minha vida, contribuindo com o Kosen Rufu e acumulando as virtudes necessárias para atingir a iluminação, ainda nesta existência.
Obrigada pela atenção
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Meu nome é Jézio de Souza e me sinto muito feliz por estar aqui fazendo o relato dos grandiosos benefícios que recebi do Gohonzon.
Sou de Paraíba do Sul, mas conheci o budismo em Angra dos Reis através de minha esposa Ana e este é um fato muito marcante, que ficou na história de nossas vidas.
Na época já estava trabalhando na Usina Nuclear de Angra dos Reis , e com este emprego garantido resolvi casar e levar minha esposa para morar comigo. Não podíamos imaginar que nesta cidade teríamos uma história que mudaria nossas vidas completamente.
Éramos duas pessoas sem experiência de vida, mas como jovens não pensam muito se vai dar certo ou , o amor falou mais alto . Quando um casal resolve viver junto, começam os erros e os acertos, mas com uma boa estrutura e muito diálogo pode se ter um bom relacionamento.
Éramos dois desconhecidos na cidade o que tornava as coisas mais difíceis, mas tudo era um aprendizado, pois tínhamos a intenção de criar uma família de verdade, sólida e feliz. Para Ana era mais difícil porque ficava em casa esperando eu voltar do trabalho. Por esta razão resolveu fazer alguma coisa importante para usar seu tempo disponível. Então saiu em busca de uma religião, mas uma religião verdadeira que iluminasse seus caminhos . Nesta intensa procura, um belo dia conheceu uma senhora chamada Maria que era praticante do budismo. Ela fazia parte de um grupo de pessoas que frequentavam a casa de um senhor chamado Okumura, que era propagador do Budismo em Angra dos Reis. Foi pela fé e bondade deste senhor que hoje temos o nosso templo. Sr. Okumura deixou para todos nós uma linda história de prática budista, por isso sempre vou respeitá-lo como um ser iluminado e peço aos Deuses Budistas que sempre coloquem no meu caminho pessoas como ele.
Agradeço também a sua família por tê-lo apoiado na atitude de doar o local de frente ao nascer do sol, onde hoje é o nosso templo. Sr. Okumura foi e sempre será um marco em nossa história.
Ana estava muito contente por ter conhecido esta religião maravilhosa, que é o budismo e me convidou para acompanhá-la. Eu optei por não praticar, mas apoiava-a pois sentia no meu coração que ela não estava perdida, pelo contrário, estava no caminho certo para atingir a verdadeira felicidade dentro de sua fé. Ela começou sua pratica, recebeu seu Gohonzon e eu e meu filho recebemos Gojukay. Veio a mim e pediu que montasse um oratório para nossa casa .Eu não sabia como fazer, mas ela deu sua ideia de como poderia ser.Como era o primeiro oratório que teríamos e que estaria facilitando a prática de Ana, eu não podia negar e desanimar uma pessoa que estava no caminho certo.
Conseguimos um modelo, mostrei para meu irmão que era marceneiro e pedi para me ajudar. Compramos as madeiras necessárias e fizemos o oratório e logo Ana pode marcar uma reunião para a consagração.
Depois da reunião, olhando para o semblante dela pude ver o quanto estava feliz em poder fazer suas orações de todos os dias diante de seu Gohonzon.
Este oratório que deu tanta alegria a minha esposa, hoje ocupa a sala de outra família budista em Macaé. É de uma cunhada e shakubuku de Ana que pratica junto com toda a família.
Um tempo depois, quando viemos em uma reunião aqui em São Paulo compramos outro oratório.
Agora vou falar mais de mim. Sempre dei apoio a minha esposa, mas não era praticante, ficava só com os benefícios que vinham pela prática dela.
Infelizmente tive que apanhar da sorte para dar valor aos tesouros do budismo. Em minha família éramos eu, Ana e nosso filho Ulisses, mas em 15 de novembro de 1999 uma fatalidade tirou a vida de nosso único filho. Um jovem de 17 anos cheio de vida, alegria e muitos sonhos. Não sabíamos que sua história seria uma narrativa triste e com muita saudade. Ele ocupava o coração da família com fatos alegres e muita felicidade. Vivíamos em um lar cheio de amor e carinho em um lugar lindo, com belas praias, cachoeiras e gente amiga. No dia da tragédia ele ficou o tempo todo em casa com sua mãe dizendo que não sairia. Ana com o seu instinto de mãe, sentia a morte rondar nossa casa e quando cheguei em casa ela pediu para eu não deixar ele sair. Quando ela saiu para trabalhar Ulisses perdeu sua proteção materna, pediu-me para jogar futebol com amigos e eu deixei. Logo veio um rapaz procurar por ele e eu disse que não sabia onde estava, mas este rapaz, Denis, procurou-o até achar e o tirou do jogo para irem se despedir de outro amigo, o Lenilson que iria viajar para os Estados Unidos, para trabalhar em uma Embaixada. Ulisses e Lenilson foram ao encontro de outros amigos para nunca mais voltar, eles de moto, foram atropelados na Rodovia Rio-Santos, por um senhor que dirigia bêbado e que ainda mentiu dizendo sobre o acontecido, que os jovens estavam brincando na pista. Felizmente na justiça ficou provada a verdadeira história. O comandante do bombeiro e toda sua equipe de socorristas deram testemunhos contra a mentira e narraram o fato realmente como aconteceu. Lenilson morreu no local e meu filho ainda chegou a ir para o hospital, mas não resistiu.
Neste momento de muito sofrimento, o que tivemos como maior recompensa foi ouvir do juíz que os meninos estavam inocentes e o culpado era o senhor, motorista do carro. Foi ai então que vi o quanto era verdadeira esta religião, o budismo. Com o apoio e carinho de muitos amigos, familiares e com muita oração pudemos superar um pouco a tamanha tristeza que sentíamos no coração.
O corpo de meu filho foi levado para o IML e em seguida para o cemitério, porém o Templo de Angra dos Reis o acolheu antes de ir para o local do sepultamento, em outra cidade. Meu saudoso filho teve seu corpo coberto por ramos verdes que foram entregues pelo reverendo.
Ao ver meu filho inerte, sem vida, percebi que somos apenas mortais comuns. Foi meu primeiro encontro com ele depois do acidente, foi tudo muito rápido. É, o acidente não escolhe, leva mesmo, sem saber se vai deixar corações partidos. Isto é fato, viver e morrer é parte de nossa vida.
Saímos para o enterro em Paraíba do Sul que fica bem longe, a 230 km de Angra dos Reis. Sempre acompanhados pelos budistas, reverendo e amigos da família.
O reverendo foi um exemplo de verdadeiro mestre, foi até Paraíba levando junto vários budistas para orar no local do sepultamento.
Quando chegamos ao cemitério toda família esperava por nós. Foi um momento de muita emoção, havia muita gente, porque somos pessoas de família conhecida na cidade. O tempo apertava, o momento do enterro chegava rápido. Eu que ainda não praticava corretamente, via e ouvia as orações que ainda não sabia fazer. Fiquei surpreso com esta atitude benevolente dos Budistas e percebi que ali estava minha verdadeira religião. Este apoio foi fundamental para encorajar minha pratica.
Dividimos os nossos sofrimentos com todos os familiares que acompanharam, em todos os momentos, como se meu filho fosse um grande herói em sua última despedida. Então pensei: “ Aqui estou, frente ao corpo de meu único filho.” “Cadê minha coragem?” Sempre fui guerreiro.” “Será que eu estou sonhando?”Antes fosse um sonho e eu pudesse acordar e estar ao lado de meu filho vivo
Porém quando a ficha caiu, verifiquei que era chegada à hora. Hora da despedida, a mais triste de minha vida. Eu não tinha como fazer mais nada, impotente vi que tudo que é material podemos trocar, mas meu filho um ser humano, estava ali sem vida e prestes a deixar este mundo.
Não há remédio para a morte, nem o sofrimento faz voltar a pessoa que você mais ama. Não adianta querer trocar sua vida pela vida de seu filho.
É a realidade, voltar para casa sem ele, mas junto de vários amigos budistas que não sabiam mais o que fazer para nos ajudar. Todos tristes e com uma única saída , não abandonar jamais nossas orações. Os olhos de todos que estavam conosco, mostravam o tamanho da compaixão e vontade de curar aquela dor. Jamais vou esquecer esta cena de imensa dor. Como também nunca vou esquecer tudo de melhor que nossos amigos e familiares fizeram. Vou lembrar até chegar o meu dia e agradecer do fundo do meu coração este momento de profunda união e apoio.
Quero praticar sempre para saber que terei também estes amigos ao meu redor na minha hora, orando por mim como fizeram com o meu filho.
Ana uma mulher de fibra preparada pelo budismo, orava junto aos demais com muita fé e sem parar . Mãe forte e corajosa e mais firme do que eu, já sabia como suportar sua dor.
Os companheiros budistas em Itai Doshin sempre dividiram conosco todos os sofrimentos e sempre sorriam para que o astral melhorasse.
Acredito que não teríamos suportado sozinhos este momento, sempre terei esta dívida de gratidão, porque até hoje sinto em meu coração o carinho e ombro amigo deles, o que ajudou a tornar-me um budista de muita fé e determinação. Antes eu deixava de ir a uma cerimônia para ir a um jogo, hoje não perco nenhuma reunião e ainda me sobra tempo para o futebol.
Com esta pancada da vida achei que nunca mais iria ser chamado de pai, contudo um ano e três meses depois o Gohonzon colocou em nossas vidas uma linda menina chamada Bruna, hoje com 11 anos. Ela não é nossa filha genética, porém nos respeita muito nos chamando de papai e mamãe. Felizmente nossos corações muito machucados tiveram um excelente remédio para uma dor tão intensa.
Uma vida se foi e outra apareceu para mostrar como nossa história é uma verdadeira missão e exemplo para outras pessoas. Nossa família é muito unida. Quando choro Bruna diz:”Eu sei porque está chorando.”E sabe mesmo.
Vou continuar lutando, porque sou um ser que não nasceu para perder sem lutar, abaixando a cabeça. Vou seguir em frente porque ainda tenho muito a fazer, não paguei minha dívida e sei que o preço é o respeito ao próximo, prestando solidariedade a quem precisar. Eu e minha esposa vamos lutar juntos com os reverendos, levando sempre shakububus ao templo , participando de atividades e fazendo muitas orações
Este ano já realizamos duas reuniões em Paraíba do Sul. Tivemos vários Gojukais nestas duas reuniões, foram 12 novos praticantes e temos mais pessoas querendo conhecer este verdadeiro objeto de devoção e os três grandes tesouros do budismo. Estamos mostrando o caminho que nos leva para a paz social e emocional, ou seja, o KOSSEN RUFU, e também como conseguimos superar nosso sofrimento através da fé.
Em 2009 fiz minha peregrinação junto com mais 30 budistas e reverendo Abico, outro mestre de grande conhecimento e sabedoria.
Não vou esquecer nunca esta viagem, a primeira em Taissekiji, lugar sagrado, encantador e com nossos irmãos Japoneses. Exemplos de vida para a humanidade, educados, amigos e Gambare.(corajosos)
O Japão é lindo, os templos são muito mais ainda. Obras de por os nossos olhos abertos de surpresa.
Eu fui para ver toda essa beleza de perto e ter a paz que precisava. Voltei para casa outra pessoa, com outra forma de pensar. Sou um homem realizado dentro de minha religião juntamente com minha esposa e filha.
Perdemos um filho, mas aprendemos a amar nossos semelhantes e recebê-los como irmãos.
Estamos esperando vocês em Angra dos Reis, lá também é o templo de vocês, sua casa, a casa do Buda original Nichiren Daishonin.
Estou muito feliz, ganhamos a oportunidade de viver em paz, com as orações, com amigos e uma família. Sempre tenham fé e sigam em direção ao templo porque aqui tem um reverendo, um mestre para nos orientar.
Eu percebo no rosto desse mestre, a alegria de ver o templo cheio de adeptos, que tornam o Gongyo e Daimoku mais fortes e bem realizados.
Aproveito este precioso momento para agradecer aos reverendos que participaram da reunião em Paraíba do Sul, dando nos um imenso incentivo. Estes mestres dão exemplo de como praticar verdadeiramente.
Encerro meu relato agradecendo muito primeiro ao Gohonzon por me proporcionar esta oportunidade e em seguida a todos, pela atenção
Muito emocionado deixo aqui minha mensagem:” Perdi um tesouro, mas conheci o caminho para vários tesouros.”
RELATO DE EXPERIENCIA E TOZAN
Bom dia a todos
Meu nome é ELIO KAMATA, pertenço ao Nucleo de Suzano. Tenho 62 anos e contato com o Gohonzon sama desde 1964 e desde junho de 1998 pertenco a Hokkeko. Me afastei da Gakkai em 1979 e durante todo esse tempo até 1998 fiquei afastado das atividades e nem sabia da existência da Hokkeko. O falecimento do meu pai, fez com que voltássemos a pratica correta com a realização de um funeral conduzido pelos Reverendos. Devo muito ao meu pai essa recondução para a pratica correta.
São 20 anos de pratica ininterrupta e com realização de 18 tozans. Tozans maravilhosos que se fossem relatar todas demoraria muitas horas com certeza. Primeiro tozan em 1983, segundo em 2000 no HOANDEN, terceiro em 2002 – 750 anos do Estabelecimento do Verdadeiro Budismo no HOANDO, quarto em 2004, quinto em 2006 com a condução do 68 Reverendissimo soberano da Lei Nichinyo Shonin e em 2009 pudemos todos juntos fazer o Tozan. Foi maravilhoso poder sentar junto com as filhas lado a lado e não pude conter as lagrimas em agradecimento por ter toda minha família juntos. Em 2014 no tozan de abril, a minha esposa pegou uma bactéria e tivemos muita boa sorte de ter conseguido voltar e fazer o tratamento indo direto do aeroporto para o hospital Nipo Brasileiro e ficou por 14 dias internado. Todo ano 1 vez pelo menos fiz Tozan com a exceção do ano de 2017 quando foi descoberto a existência de um tumor maligno no estomago, que resultou no cancelamento do tozan de KANSHI E de setembro em virtude do tratamento com quimioterapia e realização de cirurgia para a retirada do tumor.
Tive muita sorte por poder manter 1/3 do estomago. Tinha 82 kg… e cheguei a pesar 61 kg. Com a perda de 21 kg e pelo fato de fazer 2 cirurgias, uma em 06 de dezembro e outra em 11 de dezembro por ter uma obstrução no estomago. Após a alta retornando a minha casa depois de 3 dias fui acometido por infecção hospitalar tendo que ficar por 10 dias para tratamento com 2 antibioticos do dia 28 de dezembro até 07 de janeiro, passando pela primeira vez a passagem do ano fora da minha casa e deixando de participar da Cerimonia de ano novo no Templo.
Apos cirurgia fiz mais 2 quimioterapia e 2 restantes foram suspendidas pelo medico oncologista em virtude da toxidade ser muito forte e deixar a imunidade muito baixa.
Não estava acostumado ficar doente por tanto tempo assim e ter que ficar de repouso até a próxima aplicação das quimios que eram de 15 em 15 dias. As quimioterapias são muito fortes e deixam o corpo muito debilitado.
Mesmo fraco, não deixava de participar nas Cerimonias de Oko, participando no horário da tarde, evitando contato com muitas pessoas por causa da imunidade muito baixa. Uma simples gripe poderia me causar danos terríveis e nem pensar em pegar uma pneumonia que poderia ser fatal.
Agradeço muito a minha esposa Sonia pelos curativos e comidas gostosas que fazia. As minhas filhas e minha mãe que sempre orava para a cura dessa doença terrível. Afinal meu pai faleceu em virtude de câncer aos 62 anos de idade.e muitas coisas me passavam na minha mente. Quanta coincidência, pois meu pai teve câncer também no estomago, mas teve que retirar todo ele. Fiz muito daimoku, mínimo de 3 horas para manter parte do meu estomago, pois sem o estomago a recuperação seria muito mais difícil.
Após me recuperar tomando ótimos produtos para aumentar a imunidade, não via a hora de fazer Tozan para agradecer a vida e sucesso no tratamento. Participei no Tozan de Setembro pois ainda não tinha feito esse Tozan de Kanshi-e. Foi um Tozan especial e de muito agradecimento. Diferente dos demais Tozans, e um tozan mais participativo oferecendo oshoko na Cerimonia. A noite tem eventos na proximidade que interage com a comunidade local, com lutas de sumo e barracas com alimentos.
Costumo após o Tozan ficar alguns dias na casa do meu tio e a passagem da volta era dia 25 de setembro.
Quando estava na casa do meu tio, recebi a mensagem do reverendo Prior Seki, comunicando o falecimento do 67 Reverendissimo Soberano da Lei Nikken Shonin, no dia 20 e que nos 3 dias seguintes haveria realização da cerimonia de falecimento e Funeral. No dia 19 tinha despachado as malas com o terno e sapatos, para o aeroporto de Narita, pois não usaria mais.
Tinha já compromissos com parentes para dia 20 a 22 em cidade de Tochigui e Gumma. No dia 22 após sair do Hotel os primos da Sonia nos levou até Taissekiji que estava distante uns 260 km. Chegamos no Taisekiji em torno de 15 horas e tivemos muita sorte porque as malas com a nossas roupas ainda estavam la e não estavam no aeroporto de Narita. Pegamos as roupas e após tomar um banho rápido nos trocamos e fomos as pressas ao Kyakuden onde estava realizando a cerimonia. Tivemos muita sorte porque deu para oferecer o oshoko nesse dia que era a ultima do dia e após oferecer o oshoko passamos em oração com as palmas unidas em frente ao corpo do Reverendissimo Soberano da Lei Nikken Shonin. No dia seguinte de madrugada participei no Ushitora Gongyo e as 10 horas deu para participar na Cerimonia de Funeral e fazer mais um gokaihi.
A participação na Cerimonia de Funeral foi algo muito marcante, pois jamais pensei que tivesse uma oportunidade de participar e tudo isso se deu pelo fato de ter comprado a passagem de volta para dia 25.
Na Cerimonia oferecemos o oshoko e depois o caixão foi levado ao centro do Kyakuden e pudemos colocar uma folha de shikimi sobre o corpo do Reverendissimo Soberano da Lei… foi um momento muito significativo para mim, pois Ele veio ao Brasil inaugurar esse Templo maravilhoso Kaidozan Shoboji. em julho de 2005.
Se ele tivesse falecido uns dias depois não daria para ter participado. Devo muita gratidão por ter vindo apesar da idade avançada de 82 anos inaugurar esse templo – Templo da Verdadeira Lei que abre o caminho. Meu casamento foi realizado pelo filho dele, Reverendo Shinsho Abe em maio de 1984 e na ocasião da inauguração desse Templo a minha filha caçula Erica entregou a tesoura para cortar a fita de inauguração e também a entrega da pa para plantar o pe de Ipe amarelo. São acontecimentos únicos e inesquecíveis em nossas vidas.
Quero agradecer a companheira Rika que participou também indo exclusivamente para o Cerimonial e me passava as informações tempestivamente, pois estava muito distante e ao Reverendo Prior Seki que nos providenciou a acolhida nas dependências do Templo Kujo Bo, onde o pai do Reverendo é Prior, para passar a noite, afinal os hotéis e pousadas estavam todas lotadas.
Após a Cerimonia de Funeral que foi magnifica, tive a oportunidade de tirar uma foto que me chamou muita atenção pelo fato do cume do Monte Fuji aparentar coberto de Neve perfazendo com as nuvens o seu formato. Uma raridade por ser outono ver o Monte Fuji como se estivesse com neve. Tenha certeza que não tem nada igual e depois pude também receber varias outras fotos explendidas do Monte Fuji tiradas ao entardecer com rara beleza e também foto com a flor de cerejeira desabrochando em alguns pes de cerejeira, quando ocorre na primavera e estávamos no outono. Sem dúvida é algo místico.
No ano passado participei também mais uma vez no Tozan de Oeshiki em Novembro. Foi um grupo maravilhoso onde pudemos compartilhar e aprender juntos. Fazer tozan é retribuir aos débitos de gratidão e jurar dedicar em prol do kosen rufu.
Fazer tozan e algo explendido e maravilhoso, faz eliminar os maus carmas que estão em nossas vidas. Na verdade o câncer se manifestou depois de 16 Tozans. Não sabemos o que nos aguarda em nossas vidas. Mas o mais importante e praticar com sinceridade e assim ter a proteção devida na hora que mais precisar.
Espero que todos presentes façam uma decisão de fazer o Tozan. Sempre digo que TOZAN é decisão. Vejo pessoas com condições financeiras e não fazem e outras com muita dificuldades financeiras e conseguem fazer o Tozan.
Hoje passados mais de um ano da descoberta e cirurgia para retirada do tumor maligno do câncer no estomago, percebo que nem parece que tive câncer e que foi uma rápida passagem na minha vida. Espero ter eliminado esse mau carma em minha vida.
Somos apenas mortais comuns que tem a rara oportunidade de fazer a pratica correta na Nichiren Shoshu, bastando apenas seguir as orientações dos Reverendos e colocar em pratica para JAMAIS sair da rota da felicidade. Seguir fielmente o GPS da iluminação.
Agradeço aos companheiros e Reverendos pelas orações enviadas. Espero poder contribuir levando e acompanhando os Reverendos nas atividades em locais distantes.
Obrigado a todos pela sua atenção
Elio Kamata
26/01/2020
RELATO DE EXPERIENCIA
Meu nome e ELIO FUJIO KAMATA, tenho 62 anos e resido em SUZANO e pertenço ao núcleo de Suzano. A minha família tem o gohonzonsama desde 1964 e eu recebi o Gohonzon em junho de 1998.
Gostaria de relatar dentre varias experiências e beneficios que tive nessa vida, a mais recente que ocorreu no ano passado. Tem acontecimentos marcantes em nossas vidas que nunca esperamos que aconteça e que fazem grandes transformações.
Em agosto de 2018, comendo algumas esfirras meu estomago se manteve estufada mesmo tomando simeticona em gotas e também em comprimidos.. Isso por uma semana, de modo que marquei consulta com gastro… e na ocasião ele pediu ultrasson e endoscopia. Feito o exame de endoscopia no dia 13 de agosto, deu como resultado NEOPLASIA GASTRICA AVANCADA..com biopsia e resultado dela pra dia 27/08. e confesso que na hora nem dei muita atenção para esse resultado.
Mas, a minha filha Patricia que e Medica, falou pra não ficar aguardando e tomar providencias.. fato é que no dia 22/08 foi marcado consulta no AC CAMARGO onde a equipe medica avaliou os exames que levei e foi solicitado nova endoscopia e vários outros exames, tais como tomografia, eletrocardiograma, exames de sangue, colonoscopia.
No dia 29/08 foi marcado consulta com anestesista, medico oncologista e medico cirurgião gástrico e de posse dos resultados foi decidido em iniciar o tratamento do diagnostico adeno carcinoma maligno no estomago de aproximadamente 3,5 cm e já no dia 06 de setembro fui internado para colocar o CATETER e iniciou a seção de quimioterapia no dia 7, que segundo o protocolo são 4 iniciais… depois a cirurgia e após a cirurgia mais 4 quimioterapias.
No dia 29 na consulta, falei com o medico se não poderia fazer o tratamento após retorno da viagem do Japao, pois ia participar no TOZAN de setembro, mas ele falou que era importante fazer já o tratamento, pois as viagens poderão ser feitas todo ano após resolver o problema desse câncer. Pense mais na sua saúde nesse momento, foi o que me disse.
As quimioterapias são muito fortes e deixam o corpo muito fadigado, alterando o metabolismo e também o paladar e a parte de reações emocionais no dia a dia… eram 2 dias ..uma de 4 horas e outra de 24 horas que funcionava através de um difusor que bombeava o medicamento. Tinha 82 kilos e lembro que a cada quimio perdia em torno de 3 a 4 kg e quando chegava perto do decimo quinto dia recuperava um pouco o peso. E um tratamento muito caro e fiquei sabendo que cada quimio tem um custo aproximado de R$ 18.000,00, ainda bem que tenho um convenio medico que custeou todo tratamento.
Durante um mês anterior a cirurgia fazia no mínimo 3 horas de shodai, para que tudo desse certo e que o melhor fosse feito. Na verdade desejava que ficasse com parte do estomago.. não queria que fosse todo ele retirado, pois sabia que a recuperação depois seria mais difícil.
Após as 4 quimios foi marcada a cirurgia para dia 06 de dezembro, e foi realizada nesse dia com a retirada de 2/3 do estomago onde estava o tumor maligno de uns 3,5 cm. que durou cerca de 6 horas e por sorte pude ficar com 1/3 do estomago. O medico disse que tinha também 28 linfonodos e 3 estavam comprometidos e poderia gerar um câncer também e caso isso viesse a acontecer, o tratamento seria somente com quimioterapia, não podendo fazer e resolver através de cirurgia.
Mas depois de 5 dias, no dia 11 deu obstrução na juncao com o intestino e tive que fazer outra cirurgia que demorou umas 3 horas; portanto novamente corte no mesmo local anterior. Esse corte e de aproximados 25 centimetros. Fiquei na UTI 2 dias e depois fui para o apartamento para recuperação.
No dia 24 de maio desse ano, quando estava comemorando 35 anos de casado em Serra Negra, fiquei sabendo que a segunda cirurgia foi feita porque houve uma obstrução na parede abdominal e isso poderia ocasionar um grande dano com infecção generalizada. Isso sim foi algo que o meu corpo respondeu avisando que algo estava errado e precisou fazer a nova tomografia e necessidade urgente da segunda cirurgia. Se não ocorresse esse fato a próxima tomografia seria após o termino das quimioterapias, e caso surgisse algum problema decorrente dessa obstrução no meio do tratamento, devido a baixa imunidade estaria sujeito a graves infecções e dificilmente sairia com vida.
A recuperação foi ate dia 23 quando tive alta e pude retornar para minha casa depois de 18 dias no hospital. Mas no dia 28 com a febre de 38,9 graus, fui na emergência do hospital e internado em virtude de infecção hospitalar e fiquei do dia 28 ate dia 07 de janeiro, 10 dias com aplicação de 2 antibioticos uma de 6 em 6 horas e outra de 12 em 12 horas. Foi a primeira vez que passei o ano fora da minha casa…
Após a alta fui recuperando e no dia 05 de fevereiro foi feita a quinta quimioterapia e na ocasião tinha 67 kg, portanto 15 kg a menos, efeito da redução do estomago. Após essa quimio o meu peso ficou em 64 kg e a sexta quimio foi feita em 19/02. No dia 28/02 quando passei no medico oncologista pra ver a sétima quimio que seria realizada dia 05 /03 estava com 61 kg… portanto 21 kg a menos e os neutrófilos estavam em 600 quando o ideal e estar na faixa de 4000, pois somente autorizaria fazer a quimio se atingisse 1500, portanto em vista desses dados o medico suspendeu a 7 e 8 quimio, dizendo que a toxidade era muito forte e que estava judiando muito do meu corpo.
Confesso que desejava terminar as 2 quimios, mas também senti um alivio por saber que não passaria mais pelos efeitos da quimio que são terríveis. Somente quem passa por essa medicação sabe o quanto ela faz no seu corpo. Portanto desde setembro com menos de 6 meses pude concluir o processo do câncer com a retirada do tumor e as quimioterapia. Acredito que são raros os casos que termina o tratamento recuperando bem o peso com tanta rapidez assim.
Desde então estou tratando com suplementos alimentares e vitaminas que tem me fortalecido e ganhei peso e hoje estou com peso de 70 kg. que acredito ser o meu peso adequado pela perda de parte do estomago.
Analisando o ocorrido, nunca pensei que fosse ter câncer, mas veio num momento que estava com boa saúde e apesar das quimios serem terríveis. pude vencer todas elas sem passar mal estar, vômitos, diarreias e febres, de modo que muitos ate ficavam assustados pelo meu aspecto pois a maioria sofrem muito com as consequências e emagrecem ainda muito mais. Com certeza é o resultado da pratica e acumulo de virtudes que na hora H ela nos protege e indica o melhor caminho e tratamento.
Com certeza esse carma do câncer espero ter extirpado da minha vida. Foi melhor ter manifestado agora do que daqui a 20 anos quando estivesse com 82 anos, pois seria mais difícil suportar todo esse tratamento com idade mais avançada. Isso pude ver nos demais pacientes que também estavam internados. Muitos com dificuldades para tomar banho e usavam fraldas devido a doença e percebi a situação grave e também como sofriam e ficavam debilitados.
Pela recomendação medica, tive que evitar locais com muita aglomeração, por isso participava na cerimonia de Oko da tarde, pois em virtude de baixa imunidade, tinha que tomar muito cuidado para não pegar nenhuma infecção ou doença. Mas participava nas atividades num espirito de Ishin Yokken Butsu Fuji Shaku Shimyo… Com desejo ardente de ver o Buda, não poupar a própria vida. Evitava logicamente a Cerimonia que tinha na semana da aplicação da quimioterapia, devido a baixa imunidade.
Meu pai faleceu de câncer com 62 anos. Ele teve também câncer no estomago e teve que retirar todo ele e depois de uns 3 anos surgiu no fígado e 6 meses depois faleceu em abril de 1998. Ao receber a noticia em agosto, pensei em quanta coincidência ter também câncer no estomago. Mas em todo momento sempre estava otimista pelo melhor resultado.
O que mais desejava era que fosse feito tudo que precisasse e que desse tudo certo, e confesso que não gostaria de falecer sem ver as outras duas filhas casadas e com seus filhos também. Fazia de tudo no hospital para minha recuperação seguindo o protocolo e recomendação dos médicos, com exercícios e caminhadas nos corredores.
Doenças graves assim faz refletir e valorizar mais a vida e tudo mais que esta ao seu redor. Na verdade quando se tem uma doença grave como o câncer, muitos ficam preocupados. Os colegas do banco e amigos ate ficavam assustados pela minha tranquilidade. Nos que somos budistas sabemos e entendemos esses acontecimentos como carmas acumulados em nossas vidas. Lembro que no hospital tem até psicóloga para acompanhar pacientes, pois a maioria ficam depressivas. Falei para ela que sou budista e entendo perfeitamente e que não precisava se preocupar comigo.
Ter boa renda mensal, ter imóveis e carros e poder viajar sempre e fazer tozan e muito bom, mas nada se compara em ter uma boa saúde. Na verdade endoscopia e algo que nao costumamos fazer a não ser que tenha algum problema e fazia 20 anos que não fazia esse exame desde 1998 quando fiz logo após o falecimento do meu pai. Na ocasião tive bactéria H pylori e tomei medicamentos que resolveu o problema, mas pode ser que isso também tenha contribuído para o surgimento do câncer.
Mas as esfirras que comi foi o inicio dessa descoberta e de poder evitar uma metástase fazendo com que o câncer se espalhasse pelo meu corpo. Sem duvida foi um grande beneficio descobrir a tempo e poder erradicar e ainda manter parte do meu estomago que muito me ajudou na recuperação. Sempre comia e como esfirras nesse local e nunca aconteceu esse fato anteriormente. Foi místico que nessa vez aconteceu algo que me forçou fazer endoscopia.
O segundo acontecimento logo após a primeira cirurgia que fez com que fizesse tomografia, foi um outro aviso importantíssimo, que me fez salvar a vida, pois no estado que eu me encontrava era possível fazer a outra cirurgia e eliminar a obstrução, evitando um grande dano. Se fosse no período entre as quimioterapias, certamente pela baixa imunidade correria muito risco de vida.
Quero agradecer a minha família que dia a dia vivenciaram os dias desse tratamento, e em especial a minha esposa Sonia que acompanhou de perto todo tratamento e também fazia os curativos e comidas gostosas para minha melhor recuperação. Agradeço a minha mae que ela tem ALZEIMER, mas quando falava pra ela que eu estava com câncer, logo ia para o oratório e ficava rezando. Percebi nessa hora como uma mae se preocupa com a saúde dos filhos, mas engraçado que logo ela esquecia e falava olhando para mim: nossa como você esta magro, ai eu falava, tive câncer mamãe e fiz cirurgia.e mostrava a cicatriz que ia do umbigo até o peito.
Eu nunca fiquei internado em hospitais e nunca fiquei tanto tempo de licença medica. Foi sem duvida uma grande experiência na minha vida. Trabalho desde 1978 na CAIXA ECONOMICA FEDERAL e confesso que e a primeira vez que me ausento tanto tempo assim.
Quando fazia daimoku lia a orientação do 67 Reverendissimo Soberano da Lei Nikken Shonin
¨Os sete caracteres da Lei Mística do Gohonzon engloba todas as culturas, todas as emoções e estados psicológicos, e a essência do sustento das pessoas; assim, as pessoas que acreditam no Gohonzon e praticam esta fé nunca deixarão de sentir a proteção do Poder do Buda e do Poder da Lei do Buda visto que experimentam os benefícios que são os mais apropriados às suas circunstâncias individuais, no momento certo e de maneira completa, tornando-se consequentemente maravilhoso. O Daimoku que sai de suas bocas para reverberar sem falha pelo céu e pela terra trazem grandes benefícios para si e para os outros¨. (Daí-Byaku-Ho 01/01/1996)
Essa e uma orientação que nunca esqueço e espero compartilhar com todos os senhores e senhoras
Nesse ano vou fazer o tozan em setembro e também em novembro, para agradecer pelos imensos benefícios e proteção recebida para continuar dedicando em prol do Kosen Rufu. São 17 tozans já realizados e nunca sabemos o que ainda reserva em nossas vidas. O importante e a pratica de agua corrente e sempre acumulando virtudes para na hora que precisar ter a proteção devida e poder enfrentar todas as dificuldades seja qual for. Não tenho duvidas que os shakubukus realizados, as atividades inter estaduais levando a Lei e participação nas Cerimônias do Templo foram fundamentais para a proteção recebida.
Agradeço sinceramente a todos companheiros de fé e aos reverendos pelas orações recebidas.
Obrigado pela sua atenção
ELIO FUJIO KAMATA
12 º ANO DE PRATICA NA HOKKEKO
É com muita alegria que no dia 19 de junho completamos 12 anos que temos em nosso lar o maravilhoso Gohonzon Sama. Puxa… quanta felicidade e alegria !!
Embora tenha contato com o Budismo desde os 7 anos de idade (08/11/1964), e ter praticado assiduamente dos 13 anos a 21 anos de idade, a pratica era junto com a família dos meus pais e pertencíamos a Gakkai naquela ocasião.
Afastado desde 1979, retomei novamente a pratica em 1998, com o falecimento do meu Pai que conduziu novamente ao Templo. Fiquei portanto quase 20 anos afastado. Não consigo explicar todo esse tempo sem contato com o Templo. Mas foi muito bom ter afastado da Gakkai naquela ocasião. Posso dizer e afirmar com certeza que foi o meu MAIOR BENEFICIO DA MINHA VIDA ter afastado naquela ocasião e ter voltado a pratica da fé no Budismo de Nitiren Daishonin. Sempre achava que o caminho correto, era seguir o Templo e ter possibilidades de fazer Tozan no Templo Principal Taissekiji.
No dia 19 de junho de 1998 recebi o Gohonzon sama e foi consagrado nessa casa com a presença do Reverendo Abiko e mais alguns companheiros. Naquela ocasião ele era reverendo assistente e hoje é Reverendo Prior do Templo Kaidozan Shoboji.
Desde então, temos praticado assiduamente, participando em diversas reuniões e cerimônias e ajudando a organização Hokkekô dentro do possível. Durante esses 12 anos, tive a oportunidade de participar em várias atividades, de localidades distantes, de outros estados e também em outro Pais, e também peregrinações indo ao Templo Principal Taissekiji. Um dos acontecimentos mais importantes dentro de várias peregrinações, foi a participação com todos da minha família em setembro de 2009, Tozan comemorativo dos 750 anos da escritura O BEM DA TERRA BASEADO NO ESTABELECIMENTO DA VERDADE. Tinha consciência de que seria uma RARA OPORTUNIDADE de podermos sentar lado a lado diante do Daí Gohonzon sama e retribuirmos todos juntos aos débitos de gratidão. Posso dizer a todos que foi um dos momentos mais emocionamente da minha vida. Apesar do cancelamento do Tozan do mês de maio em virtude do vírus Influenza, CONSEGUIMOS viabilizar as férias já marcadas e participarmos no Tozan comemorativo e visitar a Ilha de Sado. Quantos beneficios… quanta proteção…..quantas realizações….Que acontecimento místico…. Só tenho lembranças felizes !!!
Com certeza não teríamos mais oportunidades de irmos com todos da família, em virtude de estudos na Universidade das minhas filhas Patricia que estuda medicina e Erica que estuda fisioterapia. Então tinha que ser naquele ano de 2009.
O Daí-Gohonzon é a vida, o próprio corpo de Nitiren Daishonin, conforme ele ensina na frase do gosho – Resposta a Kyo-O: ¨Eu, Nitiren, inscrevi minha vida com sumi, assim creia com toda sua fé. O coração do Buda é o Sutra de Lótus, assim como a vida de Nitiren não é outra senão o Nam-Myoho-Rengue-Kyo¨.
Através da peregrinação, poder-se-á extinguir todas as imensuráveis más causas e carmas acumulados desde o longínquo passado até hoje e concretizar os desejos do presente e do futuro.
No inicio somente eu participava mais nas atividades que eram centralizadas no Kaikan de Mogi das Cruzes e no Templo Provisório na Rua Caucaia. Mas aos poucos a minha família, esposa e filhas começaram a praticar…. eu convidava as filhas para fazerem gongyo e daimoku junto… eram todas pequenas … a Sayuri tinha 13 anos na ocasião…e a Mayumi tinha 6 anos… Era só olhar para trás e todas estavam sentadas nas cadeiras para acompanhar nas orações.
Inscrevemos para prestar serviço de recepção no Templo e essa atividade foi muito importante para que todos desenvolvessem mais na prática da fé. Servir o Templo é algo muito maravilhoso e sem duvida é uma grande oportunidade que temos de fazer o gokuyo de corpo. Sou muito feliz por ter uma família maravilhosa … com esposa maravilhosa e filhas maravilhosas, estudiosas e responsáveis.
Todas são muito dedicadas, participando nas atividades, fazendo seiri nas cerimônias de Oko, participam na recepção no Templo no segundo sábado de cada mês, e ajudam sempre que podem nas demais atividades do Templo.
A minha vida era uma vida vazia…. tinha alegrias passageiras… é verdade que tenho vários troféus de concurso de Karaokê…participei em campeonato Brasileiro de Karaoke, já fui campeão de Tênis de campo numa categoria intermediária no torneio da Caixa Economica Federal… mas são alegrias passageiras… até doei centenas de troféus para uma entidade. São lembranças agradáveis que tenho desse tempo. Mas essas atividades trazem alegrias momentâneas, mas não eliminam o mau carma que é a doença da vida.
Quando praticamos o Budismo…. temos a percepção de estarmos fazendo algo grandioso em nossas vidas…. e isso é místico … é virtuoso… é algo que sentimos, que é difícil de descrever….mas… temos a certeza da boa causa que estamos fazendo e isso dá um sentimento de grande prazer e alegria. A vida é algo mais profundo do que simplesmente nascer e morrer…. Tem um significado mais profundo, onde possibilita atingir o máximo de potencialidade e de ser verdadeiramente feliz.
Sempre procurei praticar seguindo corretamente os ensinos e orientações dos Reverendos, tomando muito cuidado em não colocar opiniões próprias, e evitando ao máximo o cometimento de calúnias a Lei. Sempre ofereço TOBA aos falecidos, meu pai e ao irmão falecido… Sou muito grato ao meu pai TOMOAKI KAMATA…. um exemplo de pai dedicado aos filhos. Tenho certeza absoluta que ele está muito feliz onde quer que esteja, pelo fato de todos da sua família terem herdado a Herança da Chama da Fé e estarem praticando a Nichiren Shoshu.
HOJE é uma dia especial e temos a grata satisfação de ter novamente a presença do Reverendo Prior Shinyo Abiko e consagrar o Tokubetsu Okatague Gohonzon sama depois de 12 anos. Acredito ser um acontecimento místico e de profundo relacionamento vivenciar esta ocasião. Encomendei um oratório para essa consagração. Os metais da porta do oratório comprei no Tozan de 2002. Tinha no meu coração o desejo de um dia fazer um oratório maior e mais bonito. Nada melhor que esta ocasião. Realmente ficou muito bonito.
Gostaria de compartilhar com todos os senhores essa alegria e incentiva-los para que continuem dedicando em prol do Kossen Rufu, sem jamais desanimar. Vamos dedicar na realização de Shakubukus visando o aumento de 50% de membros da HOKKEKO até 2015, ano da comemoração dos 770 aniversário do nascimento do segundo Reverendissimo Soberano da Lei Nikko Shonin.
Nossa vida de budistas que somos, não tem razão de ser, se não fizermos e cumprirmos a nossa missão como Bodhisatvas da Terra, realizando os shakubukus.
Muito obrigado pela sua atenção
ELIO FUJIO KAMATA
05/03/2011
COMEMORANDO O 10º ANIVERSÁRIO
É com muita alegria que no dia 19 de junho completamos 10 anos que temos em nosso lar o maravilhoso Gohonzon Sama. Puxa… quanta felicidade e alegria !!
Embora tenha contato com o Budismo desde os 7 anos de idade, e ter praticado assiduamente após 13 anos indo até uns 21-22 anos de idade, a pratica era junto a família dos meus pais.
Afastado desde 1979, retomei novamente a pratica em 1998, com o falecimento do meu Pai que conduziu novamente ao Templo… Não consigo explicar … esse tempo sem contato com o Templo… mas foi muito bom ter afastado da Gakkai naquela ocasião e imensuravelmente melhor ter voltado a pratica da fé no Budismo de Nitiren Daishonin.
No dia 19 recebi e consagrei o Gohonzon sama nessa casa, e foi o Reverendo Abiko, que consagrou naquela ocasião. Naquela ocasião era reverendo assistente e hoje é Reverendo Prior.
Desde então tenho praticado assiduamente, participando em diversas reuniões e cerimônias e ajudando a organização Hokkekô dentro do possível. Durante esses 10 anos, tive a oportunidade de participar em 06 Peregrinações, a minha esposa em 03 TOZANS e cada uma das minhas filhas 1 TOZAN. E no ano que vem em 2009 pretendemos a família toda participar e retribuir aos débitos de gratidão. Quantos beneficios… quanta proteção…..quantas realizações…. Só tenho lembranças felizes !!!
O Daí-Gohonzon é a vida, o próprio corpo de Nitiren Daishonin, conforme ele ensina na frase: EU, NITIREN INSCREVI A MINHA VIDA COM SUMI. Através da peregrinação, poder-se-á extinguir todas as imensuráveis causa e carmas acumulados desde o longínquo passado até hoje e concretizar os desejos do presente e do futuro.
No inicio somente eu participava mais nas atividades que eram centralizadas no Kaikan de Mogi das Cruzes e no Templo Provisório na caucaia. Mas aos poucos a minha família, esposa e filhas começaram a praticar…. eu convidava as filhas para fazerem gongyo e daimoku junto… eram todas pequenas … a Sayuri tinha 13 anos na ocasião…e a Mayumi tinha 6 anos… Todas elas acompanhavam nas orações.
Habilitamos para prestar serviço de recepção no Templo e essa atividade foi muito importante para que todos desenvolvessem mais na fé. Servir o Templo é algo muito maravilhoso e sem duvida é uma grande oportunidade que temos de fazer o gokuyo de corpo. Sou muito feliz por ter uma família maravilhosa … com esposa maravilhosa e filhas maravilhosas. Estudiosas e dedicadas.
Todas são muito dedicadas, participando nas atividades, fazendo seiri nas cerimônias de Oko, participam na recepção no Templo no segundo sábado de cada mês, e ajudam sempre que podem nas confecções das flores de cerejeira para a Cerimônia de Oeshiki.
A minha vida era uma vida vazia…. tinha alegrias passageiras… é verdade que tenho vários troféus de concurso de Karaokê…, fui campeão de Tênis de campo… mas são alegrias passageiras… até doei centenas de troféus para uma entidade. São lembranças agradáveis que tenho desse tempo. Mas essas atividades trazem alegrias momentâneas, mas não eliminam o mau carma… a doença da vida.
Quando praticamos o Budismo…. temos a percepção de estarmos fazendo algo grandioso em nossas vidas…. e isso é místico … é virtuoso… é algo que sentimos, que é difícil de descrever….mas… temos a certeza da boa causa que estamos fazendo e isso dá um sentimento de grande prazer e alegria. A vida é algo mais profundo do que simplesmente nascer e morrer…. Tem um significado mais profundo, onde possibilita atingir o máximo de potencialidade e de ser feliz verdadeiramente.
Sempre procurei praticar seguindo corretamente os ensinos e orientações dos Reverendos, tomando muito cuidado em não colocar opiniões próprias, e evitando ao máximo o cometimento de calúnias a Lei. Sempre ofereço TOBA aos falecidos, meu pai e irmão falecido… Sou muito grato ao meu pai…. um exemplo de pai dedicado aos filhos.
Nesses 10 anos que completei nessa quinta feira …. gostaria de compartilhar com todos os senhores e incentiva-los para que continuem dedicando em prol do Kossen Rufu, sem jamais desanimar.
Certa vez… ouvi uma estória:
Tinha um sábio muito sábio… e um menino queria testar a sapiência dele. Ele pegou um passarinho que estava vivo e sem mostrar para ele, escondendo atrás da sua cintura, perguntou ao sábio… essa pássaro está vivo ou morto? Ele queria mostrar ao sábio que era mais esperto…..
O menino tinha a idéia de que …se o sábio falasse que ta vivo… ele apertava o passarinho e matava, e se falasse que está morto… ele mostrava que estava vivo….
Mas o sábio ao responder ele disse: menino … a resposta está em suas mãos !!!
Isso que é ser sábio .. né….
Se praticamos assiduamente e acumularmos grandes virtudes … dependerá sempre de nós mesmos…..a resposta está na nossa determinação. Está em nós mesmos.
Sou muito grato a todos os senhores e espero estarmos todos juntos nos próximos mais 10 anos…
Obrigado pela atenção e vamos comer o bolo mais tarde….
ELIO FUJIO KAMATA
Meu nome é Wagner Attizano. Conheci o Budismo de Nitiren Daishonin no ano de 1968 através de minha mãe. Ela anteriormente praticava o espiritismo, apesar de também frequentar a igreja católica, oportunidade em que adoeceu, ficando com a saúde gravemente comprometida. Nesta ocasião, uma tia minha convidou minha mãe e meu pai a conhecerem o Verdadeiro Budismo. Como o estado de minha mãe era grave ela logo começou a participar das reuniões budistas. Havia um senhor chamado Tokunaga que a assistia com muito empenho e dedicação, orientando-a quase que diariamente, objetivando sua recuperação. A melhora não demorou a aparecer e depois de seis meses minha mãe já estava totalmente recuperada e muito mais saudável do que foi em toda a sua vida. Fiquei muito feliz com este fato. Posteriormente minha mãe e meu pai me incentivaram a praticar o Budismo, mas eu rejeitei a idéia, dizendo aos meus pais que não estava doente, pelo contrário, me sentia muito bem, e também havia nascido e me criado dentro do catolicismo e pretendia continuar assim. Como eu havia me negado a praticar o Budismo, não demorou muito e o dedicado Sr. Tokunaga esteve em minha casa e me convidou para participar em uma reunião de jovens, ao que eu agradeci porém recusei e acrescentei não ter nenhum motivo para ser budista, posto que era feliz, tinha boa saúde e já professava uma religião, que era o catolicismo.
A bondade do Sr. Tokunaga era imensurável e ele era incansável, visitando-me semanalmente e incentivando-me a praticar o budismo, convidando-me para fazer as atividades, sempre disposto a me ensinar a prática da fé, mas sempre recusei e já estava achando inconvenientes os seus convites.
Pois bem, o tempo passou e chegou o mês de junho do ano de 1971. Como sempre, eu estava muito bem, trabalhando bastante e tinha uma boa situação, porém em determinado dia senti um mal estar que me fez retornar do trabalho para casa. Ao chegar em casa resolvi deitar-me um pouco para ver se eu melhorava, mas a situação começou a se agravar dia após dia, semana após semana e mês após mês. Nesta ocasião eu ia a um médico pela manhã que me passava uma receita, outro à tarde que me passava outra receita e outro que me visitava à noite em casa e me receitava outros medicamentos e me aplicava uma injeção para eu conseguir dormir, pois meus dias eram de grande sofrimento. Eu não conseguia comer e nem beber nada. Se eu comesse algo logo meu corpo rejeitava e expelia o alimento.
Meu pai gastava fábulas de dinheiro em médicos e remédios comigo, e apesar disso, eu definhava a cada dia. O Sr. Tokunaga continuou me visitando e me pedindo para recitar o Nam-Myo-Ho-Rengue-Kyo, mas eu ainda não aceitava.
Resolvi então fazer promessas (pois era católico) e as promessas não resultavam em nada positivo, muito pelo contrário, a situação se agravava.
Nesta época eu ainda era noivo da minha esposa, só que ao invés de eu ir à casa dela, ela é quem vinha em minha casa me visitar, pois eu não conseguia sair da cama e meu estado era lastimável.
Como as promessas não davam resultado resolvi então procurar ajuda também no espiritismo e lá ia eu e minha noiva a centros de mesa branca e etc, para ver se eu conseguia alguma melhora. E a situação só se agravava. Fui a todos os lugares que me indicavam, a procura da minha saúde, mas não a encontrei. Me recordo que chegou o mês de dezembro de 1971 e eu com 1,75 m de altura estava com um aspecto muito feio, pesando 38 quiilos. Certa noite, o médico veio me consultar e como de costume me aplicou uma injeção para que eu pudesse dormir um pouco. Como a injeção era muito forte o médico depois de alguns minutos pensou que eu já estivesse dormindo, mas eu, mesmo com a injeção, não consegui dormir. Então ouvi a conversa do meu pai com o médico, perguntando-lhe quando eu começaria a ter alguma melhora, ao que o médico respondeu que a medicina já havia feito por mim tudo o que podia e que meu pai aguardasse nos próximos dias pela minha morte.
Chegou então o dia 24 de dezembro e um colega de escola veio me visitar para saber como estava a minha saúde. Ficando em companhia deste colega, eu pedi a meu pai que fosse comprar um presente para eu dar para a minha noiva que deveria vir me visitar à noite, pois eu ainda não era budista e portanto, comemorava o Natal.
Meu colega precisou ir embora antes que o meu pai retornasse, pois havia chegado parentes em sua casa.
Então, eu fiquei sozinho em casa e comecei a passar muito mal. Os sintomas se agravavam e com muita dificuldade levantei-me da cama onde já estava há seis meses, objetivando chegar até a rua para avistar algum vizinho e pedir para que me levasse a um hospital, pois sentia que estava morrendo, como o médico havia falado. Eu não queria que quando meus pais chegassem me encontrassem morto dentro de casa, por isso eu queria chegar até o hospital, pois eu achava que se lá morresse, a impressão desagradável da morte para meus pais seria menor.
Porém, não consegui meu intento. Quando cheguei na metade de uma área de inverno que tinha em minha casa, eu caí e comecei a perder meus sentidos, de tal modo que me via velozmente caminhando em direção a uma luz. Neste momento, ainda com alguma lucidez me lembrei das palavras que tanto o do Sr. Tokunaga havia me dito: “Wagner recite o Nam-Myo-Ho-Rengue-Kyo”.
Assim, já inconsciente pensei que não queria partir deste mundo sem atender à solicitação do Sr.Tokunaga e mesmo caído no chão, comecei a recitar o Nam-Myo-Ho-Rengue-Kyo mentalmente.
Subitamente comecei a retornar daquela luz para qual eu estava caminhando e acabei acordando no chão. Surpreendentemente, eu estava me sentindo muito bem, como se nada tivesse me acontecido durante aqueles seis meses. Levantei-me e resolvi ir para a garagem onde meu carro estava parado por seis meses. Resolvi então lavá-lo, e assim o fiz.
Quando meus pais chegaram e me viram lavando o carro ficaram muito surpresos e então eu contei a eles tudo o que havia ocorrido. Fui tomar banho e fazer minha barba que já estava crescida. Coloquei uma roupa nova e anunciei a meus pais que eu iria com meu carro visitar a minha noiva. Em princípio, eles me falaram que não era adequado, por conta do meu estado, mas eu fui assim mesmo.
Eu notei que meu tio, certamente a pedido do meu pai, me seguia com seu carro, o que fez até a casa de minha noiva.
Esta quando me viu ficou surpresa, perguntando-me como tinha conseguido chegar até lá.
Contei a ela todo o acontecido e afirmei que a partir daquele momento, eu me converteria à Nitiren Shoshu e seria budista.
De imediato, ela falou que também se converteria, por ter acompanhado tudo o que havia ocorrido comigo.
A partir deste momento, minha saúde melhorou, voltei à minha vida normal, estudando e trabalhando, retomando tudo que havia ficado parado naquele período.
Naquela época, fui orientado no sentido de que a minha cura havia se dado de forma muito rápida por benevolência do Gohonzon, pois se aquela enfermidade perdurasse por mais tempo, eu não resistiria.
Na realidade, quando tudo isto aconteceu eu ainda não possuia uma prática da fé suficientemente sólida para justificar tamanho benefício.
Foi-me dito então que a dificuldade pela qual passei, provavelmente retornaria, para que eu pudesse eliminá-la totalmente.
Isto de fato aconteceu. Após alguns anos, a doença retornou de forma abrandada e com uma prática sólida e o daimoku acumulado ao longo destes anos, consegui tornar aquele carma que era pesado em leve e eliminá-lo totalmente. Este segundo episódio ocorreu no ano de 1977, quando já estava casado e tinha minha filha mais velha, e de lá para cá, esta doença não mais se manifestou.
Hoje, tenho três filhos e um neto e todos praticamos o verdadeiro budismo.
No curso de minha vida, depois disto tudo, me defrontei com problemas e obstáculos, provenientes de minhas más causas do passado, os quais sempre tenho resolvido, intensificando cada vez mais a minha prática.
Ainda no início deste ano tive que me submeter a uma cirurgia que normalmente tem uma recuperação difícil, dolorosa e longa e posso afirmar a todos que na semana seguinte, já tinha retomado a quase todas atividades, trabalhando e cumprindo quase que totalmente meus compromissos diários. Este acontecimento foi um benefício evidente e inquestionável, assinalando que até os médicos que fizeram o acompanhamento do meu período pós-operatório se surpreenderam com a minha recuperação.
Por tudo isto sou muito grato ao GOHONZON e espero que todas as pessoas possam assim como eu usufruir das virtudes desta prática budista.
Muito Obrigado.